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Estado de Minas QUEDA DE DOAÇÕES

Com baixos estoques, Risoleta Neves reforça campanha para doação de sangue

Reposição mensal de sangue e derivados usados pela unidade de saúde para o Hemominas durante a pandemia foi de apenas 43%


15/06/2021 14:51 - atualizado 15/06/2021 15:58

Hospital Risoleta Neves reforça campanha de doação de sangue(foto: Adair Gomez - Divulgação/Hemominas)
Hospital Risoleta Neves reforça campanha de doação de sangue (foto: Adair Gomez - Divulgação/Hemominas)
Com estoques de sangue e hemoderivados em baixa, o Hospital Risoleta Tolentino Neves, administrado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está aproveitando o Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado nesta segunda-feira (14/6), e a campanha do Junho Vermelho, para estimular as doações em nome da unidade. Durante a pandemia, a reposição mensal dos estoques usados pela unidade foi de apenas 43%.

O Risoleta Neves recebe bolsas de sangue da Fundação Hemominas e precisa repor o estoque e evitar o desabastecimento para atendimentos de urgência, emergência e cirurgias. Nos últimos 12 meses, a média mensal de reposição (número de doadores enviados por bolsa de sangue recebida) foi de apenas 2.974, de um total de 6.901 bolsas de sangue fornecidas ao hospital.


“O Risoleta é responsável pelo atendimento de toda a Região Norte de Belo Horizonte e cidades do entorno. É responsável pelo acolhimento de mais de 1 milhão de pessoas e realiza muitos atendimentos de urgência e emergência. Frequentemente, em pacientes que sofreram trauma, é necessária a utilização de bolsas de sangue. Algumas vezes, também, em complicações obstétricas, no momento do parto”, afirma Márcia Kanadani, coordenadora da Agência Transfusional do Hospital Risoleta Neves.  


Márcia ressalta que, com a pandemia, as doações caíram 40%, o que gerou grande impacto nos estoques de sangue. "Só conseguimos repor as bolsas de sangue por meio da doação voluntária; dependemos totalmente da solidariedade das pessoas.”

Segundo ela, as pessoas continuam precisando de sangue para fazerem os tratamentos. Porém, o número de doadores reduziu bastante, com a necessidade do isolamento social, em função da pandemia. 


“Além disso, a COVID não é uma doença em que, caracteristicamente, a transfusão de sangue faça parte do tratamento. Mas, algumas vezes também é necessária a transfusão durante o tratamento do paciente”, explica. 


Como medida de proteção durante a pandemia, todas as doações são agendadas para evitar aglomerações. O agendamento pode ser feito pelo site da Fundação Hemominas e pelo aplicativo MG app Cidadão.

Campanha busca valorizar a doação

A campanha do Junho Vermelho existe desde 2015 e foi estendida pelo Ministério da Saúde para todos os hemocentros brasileiros com o intuito de valorizar a doação de sangue e lembrar as pessoas da sua importância e necessidade. 


“Na pandemia, a gente tem vivenciado um longo período de queda nos estoques e baixo comparecimento em virtude das restrições de circulação. Uma campanha como a Junho Vermelho vem trazer a possibilidade de divulgar amplamente a doação de sangue, sensibilizar e chamar a atenção da população para a necessidade da doação de sangue”, explica Viviane Guerra, assessora de captação de doação do Hemominas.


* Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria


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