Exames de mamografia devem ser adiados por até 30 após a vacina contra a COVID-19. O alerta é de médicos especialistas do Instituto Mineiro de Mastologia (IMMA). Segundo eles, não é incomum a aparição de ínguas ou gânglios na axilas após receber a dose do imunizante. Os sintomas são facilmente confundidos com os de um possível tumor.
Tomei a vacina, e agora?
Segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), nas últimas semanas foram registrados números significativos de exames de mamografia que registravam a presença de linfonodos nas pacientes. Também conhecidos como gânglios ou ínguas, eles podem sugerir doenças que deveriam ser investigadas, como o câncer de mama.
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O médico enfatiza que as vacinas contra o coronavírus não causam câncer de mama, tampouco outras doenças. “Qualquer injeção ou imunizante pode provocar reações inflamatórias, como se fosse uma febre. A presença do gânglio após a aplicação não significa um nódulo maligno”, pontua.
Depois desse período, de duas a quatro semanas, os linfonodos voltam ao normal, na grande maioria das vezes. Se isso não acontecer, é recomendada uma investigação por biópsia.
No caso das mulheres que precisam, obrigatoriamente, fazer o exame, porque já estão investigando algum nódulo ou caroço suspeito na mama, a recomendação de Couto é informar ao médico que tomaram vacina há menos de 30 dias.
Diagnóstico precoce que salva vidas
O diagnóstico precoce do câncer de mama ainda é um dos maiores aliados na cura da doença. De acordo com o Instituto Fernandes Figueira (IFF), de saúde da mulher, quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura.
Por isso, mamografias periódicas a partir dos 40 anos, exames clínicos e auto-exames são importantes. “Estamos falando de um tumor que pode ser agressivo, representa quase 21% de todas as neoplasias que acometem o sexo feminino, segundo o INCA, porém, se detectado precocemente, tem mais de 90% de chances de cura”, conclui o mastologista.