A saúde mental ganhou destaque mundial após a norte-americana Simone Biles, fenômeno da ginástica artística e dona de mais 30 medalhas em mundiais e olimpíadas, abandonar competições em Tóquio a favor de seu bem-estar. Mas, afinal, o que é saúde mental e como podemos cuidar dela?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conceito de uma pessoa saudável é bem mais que a simples ausência de doença, deve ser um completo estado de bem-estar físico, mental e social.
Para a OMS, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
Crise de ansiedade, ataque de pânico e depressão, os diagnósticos têm se tornado cada vez mais comuns em consultórios.
Um relatório da OMS apresentado em 2017 revelou que a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, quase metade da população de toda a Europa. O mesmo estudo aponta que outros 300 milhões sofrem de algum tipo de transtorno de ansiedade. No Brasil, os números chegam a 11,5 milhões.
Em 2030, a depressão será a doença mais comum, de acordo com o órgão. Mas, afinal, o que tem provocado essa epidemia de transtornos psicológicos?
Os males da cabeça são democráticos. Todos nós estamos suscetíveis a desenvolver algum tipo de transtorno psicológico ao longo da vida, independentemente de idade, gênero, raça ou classe social.
No entanto, segundo a OMS, o risco de alguém ficar deprimido aumenta com a pobreza, o desemprego e com algum fato da vida, como a morte de um parente ou amigo, o fim de um relacionamento, debilitação física ou problemas causados pelo consumo de álcool ou drogas.
Casos dispararam na pandemia
A pandemia de COVID-19 também fez os casos de distúrbios mentais dispararem. No Brasil, pesquisa o Ministério da Saúde, realizada com mais de 17 mil pessoas, mostrou que 86,5% dos entrevistados apresentavam quadro de ansiedade.
Na contramão do aumento de doenças mentais está o acolhimento. Falta não só apoio às pessoas que sofrem de transtornos psicológicos, como também o mundo tem déficit de profissionais especializados na área.
Estudo feito pela Organização Mundial da Saúde em países de renda baixa revelou que a taxa de trabalhadores do setor chega a ser de apenas dois para cada 100 mil pessoas.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos. Porém, na rede pública também faltam profissionais especializados.
Ansiedade, depressão e todos os problemas psicológicos têm tratamento. Fique atento a você e às pessoas ao seu redor. Se o diálogo e o acolhimento não resolverem, procure ajuda de profissionais especializados. Fique bem!