Substância defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e profissionais de saúde que preconizam o chamado tratamento precoce para enfrentamento da COVID-19, a hidroxicloroquina é alvo de mais uma pesquisa, conduzida no Brasil, para verificação de como poderia agir para combater o vírus.
O estudo corrobora o que vem sendo difundido por outros especialistas que atentam para sua ineficácia nesses casos, ao comprovar que a hidroxicloroquina não tem benefício algum como profilaxia nem antes nem depois da exposição ao coronavírus.
O levantamento considerou pacientes não hospitalizados e os que precisaram de internação. O periódico regional das Américas do The Lancet publicou o estudo no último sábado (28/8).
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Na verdade, os autores descrevem aumento no risco para quaisquer eventos adversos e sintomas gastrointestinais no grupo que recebeu a hidroxicloroquina. Ainda assim, os pesquisadores ponderam que o trabalho tem suas limitações, já que incluiu estudos interrompidos precocemente.