Jornal Estado de Minas

Saúde

Atividades físicas reduzem à metade chance de desenvolver Alzheimer



A doença de Alzheimer (DA) afeta atualmente cerca de 40 milhões de pessoas no mundo, sendo 1,2 milhão somente no Brasil. A chance de desenvolver a doença, entretanto, pode ser reduzida à metade com apenas 30 minutos de exercícios físicos diários, é o que afirma Mychael Lourenço, cientista da UFRJ.





 

Após um estudo realizado em 2019, Mychale e outros cientistas descobriram que a irisina, hormônio produzido pelos músculos depois da prática de atividades físicas, também surgia no cérebro. Isso revolucionou o que se sabia sobre a perda de memória decorrente da DA, pois essa substância é capaz de proteger as sinapses cerebrais - falhas de comunicação entre neurônios - favorecendo a manutenção das memórias.

 

"Existem componentes genéticos que aumentam o risco para Alzheimer, mas, mesmo nestes casos, o exercício físico é benéfico", diz Lourenço, lembrando que a doença costuma chegar a partir dos 65 anos e acomete mais mulheres do que homens, na proporção de 2/3 para 1/3.

 

Além de abrir caminhos para a produção de medicamentos à base de irisina para idosos que não conseguem usufruir dos benefícios dos exercícios físicos, a descoberta mostra que, mesmo o cérebro já estando em degeneração, essa prática diária pode ajudar a retardar o avanço da doença.

 

Nos dias 8, 9 e 10 de outubro, Lourenço irá participar do evento UFRJ%2b100 - que irá reunir pesquisadores da universidade - para falar dos benefícios dos exercícios para frear o avanço do Alzheimer.

 

O evento será de forma on-line e gratuita, aberta a todos e você pode conferir a programação aqui.

*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram





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