Você já ouviu falar em cirurgia para enxaqueca? É isso mesmo, a cirurgia para enxaqueca é real e promete ser um divisor de águas para quem sofre com o problema. Mas, se você é alguém que não é fã de um bisturi, uma outra pesquisa aponta métodos alternativos para a cura da enxaqueca .
A maior revista de cirurgia plástica do mundo, Journal of the American Society of Plastic Surgeons, publicou um estudo confirmando que as crises de enxaqueca podem ter um fim seguro por meio dessa cirurgia.
O procedimento, já disponível no Brasil e embasado cientificamente em uma série de estudos, garante segurança e eficácia na descompressão operatória dos nervos periféricos da face, cabeça e pescoço para aliviar os sintomas intensos da dor.
"A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas, e o paciente tem alta no mesmo dia para casa", completa o cirurgião plástico Paolo Rubez, pioneiro na realização do procedimento no Brasil e especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University.
Existem sete tipos principais de cirurgia para enxaqueca nas seguintes regiões: frontal, rinogênico, temporal e occipital (nuca). Segundo o cirurgião, para cada um dos tipos de dor existe um acesso diferente para tratar os ramos dos nervos, estando todos localizados nas áreas superficiais da face, do couro cabeludo ou da cavidade naval.
Desenvolvida para gerar a menor alteração possível na fisiologia local, a cirurgia para enxaqueca, além de ser um procedimento pouco invasivo, diminui significativamente o uso de medicamentos para as dores.
Ela pode ser feita em qualquer paciente diagnosticado, por um neurologista, com Migrânea (enxaqueca) que sofram com duas ou mais crises severas de dor no mês, ou que sofram com efeitos colaterais das medicações ou tenham intolerância a elas.
"Um estudo comparou o uso de medicamentos no pré e pós-operatório de pacientes submetidos ao procedimento e constatou que mais de 2/3 deles diminuíram o uso de medicamentos prescritos, sendo que do total de pacientes que passaram pelo procedimento, 23% não precisaram mais tomar medicamento algum", ressalta Paolo.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram