Em homenagem ao dia Mundial do Alzheimer, a Vigilantes do Sono, programa digital voltado para melhorar a qualidade do sono, explica como a insônia pode estar associada a patologia. O Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro que atinge, majoritariamente, pessoas com mais de 60 anos.
As funções cerebrais como memória, linguagem, cálculo, comportamento são comprometidos de forma lenta e progressiva e, consequentemente, o paciente cria uma dependência para executar suas atividades diárias.
Além dos principais sinais como a perda de memória e o comportamento alterado da pessoa, a insônia também é um fator que pode preocupar e merece atenção. Um estudo publicado em 2020 pela Fundação Pasqual Maragall - especializada em Alzheimer - encontrou mudanças na estrutura cerebral que sugerem uma ligação entre a insônia e o desenvolvimento dessa doença neurodegenerativa.
Isso acontece, pois a doença causa atrofia da parte do cérebro que controla a temperatura do corpo e a produção de melatonina, um hormônio que nos ajuda a dormir. Dessa forma, pessoas que sofrem com insônia apresentam alterações em algumas áreas do cérebro que são afetadas nos estágios iniciais do Alzheimer.
É claro que nem todo mundo que tem problemas para dormir irá desenvolver a patologia, mas fique de olho e faça acompanhamento médico, principalmente, se tiver casos da doença na família.
Vale ressaltar que outras pesquisas mostraram que atividades físicas reduzem à metade chance de desenvolver Alzheimer. Procure sempre manter uma vida saudável, se alimente bem, pratique exercícios e evite o uso de medicamentos para dormir, pois eles também contribuem para o desenvolvimento da doença, a longo prazo.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram