Uma pesquisa do King´s College London, publicada em julho de 2021 na revista Fertility and Security, concluiu que o rotineiro uso de medicamentos de tratamento de fertilidade, usados para a liberação de óvulos, não aumentam o risco de desenvolver o câncer de mama.
A revisão analisou estudos de 1990 a janeiro de 2020, e mulheres de todas as idades reprodutivas foram incluídas na pesquisa e acompanhadas por uma média de 27 anos após seu tratamento de fertilidade.
Usados para estimular os ovários, esses medicamentos aumentam a produção do hormônio estrogênio e podem agir nas células da mama. Dito isso, o médico Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana, explica que “surgiu uma preocupação de que isso pudesse tornar as células cancerosas, o que leva a uma incerteza sobre o risco potencial de drogas para infertilidade causarem câncer de mama, mas o estudo relatou que não há esse risco”.
São diferentes tipos de tratamentos para fertilidade, que podem variar desde o uso de medicamentos até tratamentos mais complexos, como a fertilização in vitro, mas nenhum deles deve trazer preocupações para a mulher.
Rodrigo reforça que muito do medo, estresse e ansiedade associados ao tratamento de infertilidade estão enraizados na incerteza e que este foi o maior estudo realizado até agora, comprovando que estes tratamentos não trazem risco algum à saúde da mulher.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram