Um estudo recente da Universidade de Michigan, publicado em 18 de agosto na revista Nature Food, avaliou mais de 5.800 alimentos e os classificou de acordo com a carga de doenças nutricionais para os humanos e seus impactos no meio ambiente. Os alimentos foram classificados em três zonas de cores: verde, amarelo e vermelho, como metáfora de um semáforo.
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Para avaliar o impacto ambiental dos alimentos, os pesquisadores utilizaram o IMPACT World %2b, um método para aferir o impacto do ciclo de vida dos alimentos (produção, processamento, manufatura, preparação/cozimento, consumo, resíduos), e adicionaram avaliações aprimoradas para o uso da água, saúde humana e danos causados pela formação de partículas finas. Eles desenvolveram pontuações para 18 indicadores ambientais, levando em consideração receitas de alimentos detalhadas, bem como o desperdício de alimentos previsto.
“Substituir 10% da ingestão calórica diária de carne bovina e carnes processadas por uma mistura de frutas, vegetais, nozes, legumes e frutos do mar selecionados pode reduzir, em termos de sustentabilidade, a pegada de carbono (medida que calcula a emissão de carbono equivalente emitida na atmosfera por uma pessoa) na dieta em 1/3 e permitir que as pessoas ganhem 48 minutos de vida saudáveis”, completa a nutricionista. Uma má alimentação pode matar mais que cigarro e pressão alta.
Os alimentos na zona verde, predominantemente nozes, frutas, vegetais orgânicos, legumes, grãos inteiros e alguns frutos do mar, são recomendados para serem consumidos em maiores quantidades, pois são nutrologicamente benéficos e possuem baixo impacto ambiental, além de que uma alimentação saudável é aliada de uma boa saúde mental.
Alimentos na zona amarela não representam ganho ou perda de vida, nutricional e ambientalmente falando, e se trata de alimentos como o leite e o ovo. Já os alimentos da zona vermelha possuem impactos nutricionais e\ou ambientais consideráveis e devem ser reduzidos ou evitados em uma dieta alimentícia. São eles, as carnes bovinas e suínas, cordeiro e carnes processadas, como a salsicha e o presunto.
Com base em suas descobertas, os pesquisadores sugerem: diminuir os alimentos com os impactos ambientais e de saúde mais negativos, incluindo carnes altamente processadas, bovinos, camarões, seguidos por carne de porco, cordeiro e vegetais cultivados em estufas; e aumentar os alimentos mais benéficos do ponto de vista nutrológico, incluindo frutas e vegetais cultivados no campo, legumes, nozes e frutos do mar de baixo impacto ambiental.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram