O Conselho Regional de Medicina e Pesquisa da Índia (ICMR) retirou a hidroxicloroquina e a ivermectina da sua lista de medicamentos aprovados para o tratamento da COVID-19.
A decisão foi publicada nesta sexta-feira, 24 de setembro. O que se sabe é que o Conselho não usará mais estes medicamentos como forma de tratamento de pacientes diagnosticados com o vírus.
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Como o caso do jovem que usou tratamento de ivermectina e pode precisar de um transplane de fígado ou como mostra o estudo que comprovou que a hidroxicloroquina provoca aumeno da mortalidade.
A despeito das recomendações de infectologistas e da Organização Mundial Da Saúde (OMS), agora também diferentemente da Índia, o presidente Jair Bolsonaro defende o que chama de "tratamento precoce" da COVID-19.
Mesmo com a Anvisa deixando claro que as substâncias em questão só devem ser usadas *apenas* para o tratamento dos males e sintomas especificados na bula, Bolsonaro voltou a defender, em uma live realizada na quinta-feira, 16 de setembro, o uso indiscriminado desses remédios contra o coronavírus, até a transmissão ao vivo ser interrompida.
"É crime falar em tratamento inicial no Brasil. Ano passado me senti mal e tomei um negócio aí para a malária e me curei no dia seguinte. Eu, talvez, tenha sido reinfectado nos últimos dias, semanas, de vez em quando tomo ivermectina e tomo com esse...", dizia Bolsonaro, quando a live saiu do ar.
O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que faz parte da tropa de choque bolsonarista na CPI da COVID no Senado Federal, também já citaram a Índia como exemplo no combate à doença.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram
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