Comemorado neste 28 de setembro, o Dia Mundial da Raiva alerta para a prevenção e consientização contra a doença, que é transmitida a humanos por meio de animais infectados. Apesar de qualquer descuido ser fatal, a virose pode ser controlada por meio da vacinação antirrábica.
Inclusive por isso, o alerta é fundamental. Belo Horizonte, por exemplo, mesmo sem registros de raiva humana desde 1984, teve 20 morcegos diagnosticados positivos para a doença em 2021. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, quando é feito o recolhimento dos morcegos infectados, é realizada também ações de prevenção e bloqueio no raio de 300 metros de onde foi encontrado o animal, para evitar possíveis intercorrências.
Inclusive por isso, o alerta é fundamental. Belo Horizonte, por exemplo, mesmo sem registros de raiva humana desde 1984, teve 20 morcegos diagnosticados positivos para a doença em 2021. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, quando é feito o recolhimento dos morcegos infectados, é realizada também ações de prevenção e bloqueio no raio de 300 metros de onde foi encontrado o animal, para evitar possíveis intercorrências.
Segundo a prefeitura, não há registros de casos de raiva em cães desde 1989, em gatos desde 1985. A Secretaria Municipal de Saúde informou que mantém a vacinação de gatos no Parque Municipal, visto que são animais que têm contato direto com os morcegos presentes no local. Devido aos casos da doença, o parque continua fechado teporariamente.
Vacinação em humanos
Na situação de pós-exposição, a vacina é indicada devido a forma com que o vírus da raiva circula no organismo: “O vírus da raiva caminha devagar pelas terminações nervosas, e durante esse percurso até o sistema nervoso, a vacina consegue produzir anticorpos necessários a tempo, se aplicada com urgência”, explica o mestre em infectologia e medicina tropical José Geraldo Leite Ribeiro.
Já para o tratamento de pré-exposição ao vírus, são indicados veterinários, zootecnistas, estudantes de veterinária, trabalhadores de zoológico, tratadores de animais, além de moradores residentes em regiões ribeirinhas e áreas de alto risco de contaminação. Segundo o especialista, a vacina, como a produzida pela companhia Sanofi-Pasteur, pode ser administrada após a exposição ao vírus, em todo paciente infectado.
José Geraldo também é professor de Ciências Médicas e da Faculdade de Saúde e Ecologia Humana (Faseh), e explica que a realização do exame sorológico é um desafio da prevenção à doença. O exame é obrigatório para todas as pessoas submetidas ao tratamento de pré-exposição, e deve ser feito anualmente. Caso haja alteração no nível protetor, é indicado outra dose ao paciente para manter os níveis de anticorpos contra a raiva.