Dentre muitas sequelas do COVID-19 estão a perda do olfato, do paladar e lesões graves e até irreversíveis nas cordas vocais. Acontece que, muitas vezes, essas sequelas podem permanecer em alguns casos mesmo após a cura. Vale ressaltar que algumas pessoas sofrem com essa consequência por longos períodos, impactando, e muito, na qualidade de vida.
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Dentre as possibilidades de tratamento, a mais utilizada é o treinamento olfativo. Essa técnica visa enviar estímulo às células receptoras localizadas no teto do nariz (neuroepitélio olfatório). Embora o mecanismo exato do treinamento olfativo ainda não tenha sido descrito, acredita-se que a estimulação por odores aumente a capacidade de regeneração e o potencial neuroplástico deste sistema.
Esse estímulo dos sentidos pode ser feito de diferentes maneiras. Uma das opções sugeridas é a manipulação de essências como Eucalipto, Cítrica, Álcool Feniletílico e Eugenol para cheirar duas vezes ao dia, por 10 segundos, e com intervalos de 15 segundos entre eles.
No que diz respeito ao paladar, o tratamento pode ser um pouco mais complexo. Afinal, não se sabe se a perda ocorreu devido à destruição dos nervos locais pelo novo coronavírus ou se as papilas gustativas foram atingidas por este. No entanto, o estímulo também é recomendado, provando e ingerindo alimentos que, por natureza, são mais amargos, azedos, doces e salgados.
De qualquer maneira, a especialista destaca que “é fundamental fazer o acompanhamento com um otorrino, já que cada paciente manifesta a condição de uma forma diferente. O tratamento deve ser feito de acordo com a necessidade e problemas enfrentados pela pessoa. Cada caso é diferente e, por isso, pode demandar alternativas", completa.
De acordo com pesquisas reconhecidas sobre o coronavírus, a volta dos sentidos ocorre em até seis meses, mas pode variar consideravelmente em cada situação e paciente.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira