A pandemia do novo coronavírus elevou o alerta sanitário ao máximo e a maior parte da população mundial vem fazendo sua parte quando se trata de higienização pessoal, de alimentos e ambientes. Ainda assim, é sempre bom lembrar que não é só por causa da COVID-19 que temos que nos proteger de infecções. Por exemplo, você sabia que, caso more com outra pessoa, ou você ou ela devem ter a bactéria H. Pylori habitando seu estômago? Não é para se alarmar, na maioria dos casos, mas é melhor conhecer mais sobre como prevenir e como tratar, pois ela pode levar a gastrite, úlcera e até câncer gástrico.
Se você ficou preocupada ou preocupado com o exemplo de que você ou outra pessoa em casa tenha a H. pylori, calma que a gente explica: estima-se que 50% da população mundial tenha essa bactéria habitando em seu estômago. No Brasil, esse número pode chegar a 60%, 70% da população.
Nosso organismo é povoado por bactérias. Algumas são do bem, outras nem tanto. É o caso da Helicobacter pylori, ou H. pylori. Uma bactéria gram-negativa e espiralada, que foi descrita na década de 1980 pelos pesquisadores australianos Warren e Marshall como uma das causas de infecções mais comuns em todo o mundo.
A bactéria entra e se aloja no estômago por meio de água e alimentos contaminados, sendo mais predominante quando faltam condições de higiene e saneamento básico. "Embora a chance de contaminação seja grande, não é preciso que a população entre em desespero, pois para a maioria, o H. pylori não se manifesta. A bactéria fica lá quietinha no estômago", explica a médica Vera Lúcia Ângelo, gastroenterologista pela Federação Brasileira de Gastroenterologia e da Clínica Nuvem, em Belo Horizonte.
Vera lembra que quanto menos informada é uma população e com menor número de hábitos alimentares, maior é a proporção de contaminação pela bactéria. Então é sempre bom ficar atento às formas de prevenção e saber do que se trata para procurar ajuda especializada caso surja algum sintoma mais grave.
Se você ficou preocupada ou preocupado com o exemplo de que você ou outra pessoa em casa tenha a H. pylori, calma que a gente explica: estima-se que 50% da população mundial tenha essa bactéria habitando em seu estômago. No Brasil, esse número pode chegar a 60%, 70% da população.
Nosso organismo é povoado por bactérias. Algumas são do bem, outras nem tanto. É o caso da Helicobacter pylori, ou H. pylori. Uma bactéria gram-negativa e espiralada, que foi descrita na década de 1980 pelos pesquisadores australianos Warren e Marshall como uma das causas de infecções mais comuns em todo o mundo.
A bactéria entra e se aloja no estômago por meio de água e alimentos contaminados, sendo mais predominante quando faltam condições de higiene e saneamento básico. "Embora a chance de contaminação seja grande, não é preciso que a população entre em desespero, pois para a maioria, o H. pylori não se manifesta. A bactéria fica lá quietinha no estômago", explica a médica Vera Lúcia Ângelo, gastroenterologista pela Federação Brasileira de Gastroenterologia e da Clínica Nuvem, em Belo Horizonte.
Vera lembra que quanto menos informada é uma população e com menor número de hábitos alimentares, maior é a proporção de contaminação pela bactéria. Então é sempre bom ficar atento às formas de prevenção e saber do que se trata para procurar ajuda especializada caso surja algum sintoma mais grave.
Prevenção ao seu alcance:
- Lavar as mãos antes de comer e após ir ao banheiro- Higienizar bem os alimentos, inclusive frutas, verduras e legumes crus com cloro
- Evitar comer em ambientes com pouca higienização
- Ao comer na rua, dar preferência a vegetais cozidos
- Não compartilhar copos, pratos e talheres com outras pessoasQuando acender a luz vermelha?
À medida que a bactéria se multiplica, graças a fatores como alimentação rica em gorduras, açúcares e ultraprocessados, o paciente pode sentir inchaços e dores abdominais, queimação no estômago, náuseas, falta de apetite e gases. Nestes casos, o especialista costuma pedir um exame de sangue, fezes ou até um teste respiratório que pode detectar a presença de H. pylori.
"No entanto, se o paciente apresentar vômitos com frequência ou mesmo a presença de sangue nas fezes, são recomendados exames como a endoscopia digestiva alta com biópsia, que vai identificar a presença da bactéria e suas consequências como gastrite, úlceras, ou até mesmo câncer no estômago", explica a especialista.
De acordo com a médica, por conta da pandemia do novo coronavírus, no ano passado não houve aumento de diagnósticos de casos de H. pylori. "Para que o paciente não corresse o risco de se submeter a um exame tão invasivo, e aumentar o risco de contrair o vírus, exames como endoscopia só eram solicitados por especialista em casos bem específicos que sugerissem a presença da bactéria", afirma.
Tratamento é indicado quando há complicações
O tratamento da infecção por H. pylori é feito quando há úlcera no estômago ou duodeno, ou quando o paciente se queixa muito por conta de uma gastrite crônica. Nesse caso, é muito importante resistir até o fim e não desistir por causa das dificuldades e efeitos colaterais. Afinal, lembre-se que, se você interromper a medicação, estará fortalecendo o inimigo e terá que lidar com ele 'bombado' mais tarde.
"O processo durante o tratamento é delicado. O paciente recebe uma medicação para amenizar a acidez gástrica e altas dosagens de antibióticos por 14 dias para matar a bactéria", afirma Vera. O maior problema nesse tipo de tratamento é o paciente falhar ou desistir dele na metade do caminho. Com isso, o quadro pode piorar pois a bactéria vai se tornando mais resistente à medicação. Isso sem contar que durante esse processo, os efeitos colaterais são quase inevitáveis com diarreia e náuseas.
"Para combater a diarreia é recomendado o uso de suplementos probióticos à base de Lactobacillus, a fim de equilibrar a flora intestinal, enquanto mantêm-se o tratamento", afirma. Um mês após o fim do tratamento, a médica recomenda repetir os exames para checar se a H. pylori foi eliminada. "O ideal é fazer o tratamento por duas, ou três vezes no máximo a fim de exterminar a bactéria", aponta.
"Mais do que isso é arriscado, haja vista que ela pode se tornar cada vez mais resistente a vários antibióticos, restando poucas alternativas de medicamentos para o seu tratamento", detalha. Nesses casos, só o médico especialista indicará a melhor solução para conviver com a doença.