Jornal Estado de Minas

Saúde

Herpes zóster: conheça sintomas, sequelas e prevenção

 

A herpes zóster é uma doença viral que, geralmente, infecta o indivíduo na infância, causando o quadro de varicela (catapora). O vírus passa por uma fase de disseminação hematológica até atingir a pele e, em seguida, caminha pelos nervos periféricos até atingir os gânglios nervosos, onde pode permanecer em latência por toda a vida.





 

“Situações diversas, como em pacientes portadores de doenças como AIDS, leucemia, doença de Hodgkin e outras, podem ocasionar uma reativação do vírus, fazendo-o se movimentar pelo nervo periférico até atingir a pele, causando as erupções características dessa doença”, explica a dermatologista Giovanna Mori Almeida, do Hospital Albert Sabin (HAS).

 

 

 

Doentes em tratamento com imunossupressores, como uso prolongado de corticoides, por exemplo, e pessoas que tiveram contato com infectados com varicela, ou até mesmo com outro doente de zóster, podem desenvolver a doença.

 

A herpes zóster pode deixar complicações mesmo depois da resolução da fase de infecção aguda. “Isso acontece porque durante o processo inflamatório da infecção pelo vírus, o paciente pode ter uma lesão definitiva do nervo ou da raiz, denominada neuralgia pós-herpética”, diz o neurologista do HAS, Felipe Saad.





 

Os sintomas são, geralmente, dores nevrálgicas que antecedem as lesões cutâneas e o tratamento deve ser iniciado o mais precoce possível, com medicamentos antivirais e analgésicos. “Quanto mais cedo for a intervenção médica, menores as chances de complicações e de neuralgia pós-herpética”, adverte a médica.

 

Outras sequelas que a herpes zóster pode causar são: 

 

 

O diagnóstico da doença se dá através de exame clínico e histórico do paciente. “Antes de surgirem as feridas, o indivíduo pode sentir uma sensação estranha, como um toque desagradável da pele, chamado de anodinia”, acrescenta Saad.

 

Importante salientar que existe vacina contra a herpes zóster, aprovada pela Anvisa e indicada principalmente aos pacientes com mais de 50 anos, fase de maior risco de infecção. A vacinação também ajuda a diminuir a dor aguda e crônica, contudo, não é eficaz sobre herpes tipo 1 (oral) e herpes tipo 2 (genital), somente sobre a tipo 3 (zóster).

 

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 

 

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