(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas LONGEVIDADE

Vida sexual saudável na maturidade

Alterações hormonais que ocorrem por volta de 50 anos influenciam a rotina da mulher em vários aspectos. É importante ajuda de um especialista


02/01/2022 04:00 - atualizado 02/01/2022 09:30

Atividade sexual depois dos 50
(foto: Pixabay)


 
A menopausa modifica e muito a vida da mulher em vários aspectos. As alterações hormonais que ocorrem por volta dos 45, 50 anos de idade, influenciam também na vida sexual delas. Essa queda nos níveis hormonais que ocorre no climatério pode trazer inúmeros desconfortos, como ardência ao urinar (disúria), baixa ou nula lubrificação vaginal, prurido, diminuição da libido; podendo levar a uma importante perda na qualidade de vida e autoestima da mulher.

Algumas apresentam desconfortos como a falta de lubrificação e elasticidade vaginais, conhecido como atrofia genital. “É muito comum o surgimento destes sintomas durante a menopausa. Eles ocorrem pela baixa produção do hormônio estrogênio, que é responsável pela produção de células e mucosa da mulher”, explica o urologista Joselito Nogueira.

A boa notícia é que há tratamento, como a reposição hormonal. Porém, nem toda mulher deve fazer a reposição, uma vez que a paciente pode ter contraindicação absoluta ao uso da terapia de reposição hormonal como, por exemplo, quem está em tratamento de câncer ou recuperada da doença. “Uma opção para quem não quer ou não pode fazer a reposição hormonal é o laser íntimo, que ameniza os sintomas da menopausa e já na primeira sessão, tem apresentado bons resultados no que diz respeito à vida sexual da mulher madura”, afirma Joselito Nogueira.

Pouco invasivo, o laser é um procedimento indolor, realizado em consultório, com recomendação de três até sete sessões, dependendo de cada caso clínico.

“Esta é uma alternativa mais rápida e mais segura em relação à reposição hormonal, pois minimiza os riscos da paciente em desenvolver câncer de mama. O procedimento estimula a vascularização e a renovação dos tecidos do canal vaginal. O resultado é um aumento das fibras de colágeno, que auxiliam na recuperação da elasticidade da vagina, trazendo mais equilíbrio para a região e proporcionando também um aumento de resistência às infecções. Uma vez protegido, o sistema urogenital passa a reduzir o risco de desenvolver patologias como a candidíase de repetição, infecção e incontinência urinárias, evitando ainda desconfortos como ardência, fissuras, ressecamento e a flacidez. Há também uma melhora significativa na turgidez e lubrificação vaginal, que contribuem para a qualidade na vida sexual da mulher”, completa.

PALAVRA DE ESPECIALISTA
Simone de Paula Pessoa Lima, titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

É preciso falar sobre sexo

“A sexualidade é o grande tabu. As pessoas acham que os idosos não fazem sexo. Nós temos problemas por causa disso. A geração que hoje tem 70, 80 anos, não foi ensinada a usar camisinha, por exemplo. Tudo era mais livre. Já existiam doenças, mas não eram tão divulgadas. Então, eles não usam e continuam fazendo sexo. Aí tivemos um aumento de casos de HIV em pacientes idosos. Precisamos parar de falar que o idoso não faz sexo, conversar sobre isso com ele e conscientizá-los dos perigos e de transmissão 
de doenças.

Claro que terão limitações. Dou aula de envelhecimento fisiológico e mostro que o organismo envelhece. O coração, o olho, o rim envelhecem e nossos órgãos sexuais também passam por um processo de envelhecimento. Muitas mulheres falam que, depois da menopausa, o hormônio caiu, ficou mais ressecada e não quer ter mais relação porque dói. Aí você avalia e pode ter indicação de reposição hormonal. Se ela não pode porque teve um câncer de mama na família. Então eu posso fazer um tratamento local, com lubrificante vaginal.

Se isso não for conversado, o paciente não fala. A gente tem que perguntar. Não melhora porque você não sabe. Os homens às vezes diminuem a potência, por causa de medicamentos para hipertensão que é muito comum. Temos que conversar, ‘está tudo bem, você está tendo potência, está tendo ereção, está satisfatório?’. ‘Não, não está’. Então vamos ver se podemos mudar o remédio, vou indicar uma prótese. Isso precisa ser melhor conversado melhor abordado para a saúde mental e física acompanhar e ficar tudo bem.”

INCLUSÃO 

Em outubro, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), membro da Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu diretrizes para apoiar ações de construção de uma sociedade para todas as idades. “Compreender as implicações das mudanças demográficas atuais, bem como a transição epidemiológica, é crucial para que as sociedades estejam preparadas para atender uma população envelhecida. Na região das Américas, isso é ainda mais importante, pois o envelhecimento populacional ocorre rapidamente e com muitos conceitos inadequados”, almeja a organização.





receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)