Um novo estudo feito pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, mostrou que vacinar contra a COVID-19 não causa infertilidade. Porém, a pesquisa aponta que a COVID-19 pode tornar homens inférteis a curto prazo.
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Para a pesquisa, os cientistas analisaram dados de 2.126 mulheres e parceiros entre dezembro de 2020 e novembro de 2021. Os pesquisadores calcularam a probabilidade de concepção por ciclo menstrual usando dados do último período menstrual das participantes, duração típica do ciclo e status da gravidez.
As taxas de fertilidade entre as participantes que receberam pelo menos uma dose de uma vacina foram quase idênticas às participantes não vacinadas. A fecundidade também foi semelhante para os homens que receberam pelo menos uma dose de uma vacina em comparação com participantes não vacinados.
Já os homens que testaram positivo para COVID-19 dentro de 60 dias de um determinado ciclo reduziram a fertilidade em comparação com homens que nunca testaram positivo.
O resultado é semelhante aos achados em outros estudos que apontam a infertilidade como uma das consequências da COVID-19. Uma pesquisa feita na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), avaliou amostras de tecidos extraídos na autópsia de homens que morreram em consequência da COVID-19. O resultado indicou uma série de lesões testiculares que podem ser atribuídas a alterações inflamatórias que diminuem a produção de espermatozoides.