Estudo realizado por pesquisadores do Hospital Shenzhen Kanging, na China, concluiu que consumir vinho tinto pode proteger contra o COVID-19. Por outro lado, beber cerveja pode ter efeito contrário e ser um fator de risco para contrair o vírus.
Leia Mais
Consumir vegetais diminui mortalidade e casos graves de covid-19Languishing: 'A pandemia colocou todos numa condição de sobreviventes'Antiviral oral para COVID-19 tem resultados positivos contra a ÔmicronSuco de uva: saiba por que devemos consumi-lo regularmenteChá 50 Ervas Emagrecedor está proibido no Brasil, alerta AnvisaMulher que tomava chá para emagrecer aguarda por transplante de fígado Santa Casa BH recruta voluntários com tumor cerebral para pesquisa inédita
Já pessoas cujo histórico apontava para o alto consumo de vinho tinto (ingestão de cinco copos por semana ou mais) tiveram menos risco de contrair a doença. O mesmo aconteceu com aqueles com alta frequência de consumo de vinho branco e champanhe.
"O consumo de cerveja e cidra não é recomendado durante as epidemias. As orientações de saúde pública devem se concentrar na redução do risco de COVID-19, defendendo hábitos de vida saudáveis e políticas preferenciais entre os consumidores de cerveja e cidra", afirmam os autores no estudo.
O estudo também comparou o risco de contrair o COVID-19 com o consumo de bebidas alcoólicas no geral. Os cientistas concluíram que aqueles que bebiam de forma razoável, desta vez não importando a bebida alcoólica, tinham um risco menor de desenvolver a doença em comparação com os que não bebiam, mas o efeito protetor não foi significativo.
No entanto, aqueles que bebiam acima das diretrizes tiveram uma tendência de maior risco de COVID-19, e os consumidores que dobraram a ingestão acima das diretrizes ou consumiram mais que o dobro tiveram um risco 12% maior de se infectar em comparação com quem não bebe.
A quantidade de consumo semanal de álcool foi convertida em unidades para cerveja e cidra (1 litro = 2 unidades), vinhos (1 taça padrão = 2 unidades) e destilados (1 shot = 1 unidade).
As pessoas foram agrupadas em quatro categorias: (1) não bebedor ou bebedor apenas em ocasiões especiais; (2) dentro das diretrizes recomendadas (aqueles que consumiam menos de 14 unidades por semana); (3)acima do recomendado pelas diretrizes (de 14 a menos de 28 unidades por semana); e (4) duas vezes ou mais acima das diretrizes recomendadas (28 unidades ou mais por semana).
Por que o vinho protege mais?
Um outro estudo desenvolvido por pesquisadores da China Medical University, de Taiwan, publicado pela American Journal of Cancer Reserach, sugere que o ácido tânico, muito presente no vinho, pode ajudar a reduzir essas infecções por COVID-19.
A pesquisa concluiu que a bebida alcoólica possui funções inibidoras duplas de bloqueio de serina proteases virais e celulares críticas para a infecção viral. A conclusão foi que o tanino pode diminuir em até 90% a atividade enzimática do vírus Sars-CoV-2, causador do novo coronavírus, controlando, dessa forma, sua carga viral.