Pessoas que têm defeito cardíaco congênito têm mais chance de desenvolver covid-19 grave e de morrer da doença. A conclusão é de uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (7/3) na revista Circulation, da American Heart Association.
Segundo o estudo, essas pessoas também tinham mais chance de precisar de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventilador mecânico. Entre aqueles com maior risco, estavam pessoas com mais de 50 anos, com outras condições de saúde e homens.
Existem mais de uma dúzia de cardiopatias congênitas. Elas ocorrem quando o coração ou vasos sanguíneos não se desenvolvem normalmente antes do nascimento.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores examinaram dados de pacientes hospitalizados com covid-19 entre março de 2020 e janeiro de 2021. Nesse período, o banco de dados tinha mais de 235 mil pacientes, com idades entre 1 e 64 anos.
Dos 235.638 pacientes hospitalizados com covid-19 avaliados, 421 ou 0,2% tinham um defeito cardíaco congênito. Desses, 54% foram admitidos na UTI em comparação com 43% daqueles sem cardiopatia congênita; 24% necessitaram de um ventilador para respirar em comparação com 15% daqueles sem defeito cardíaco congênito; e 11% morreram durante a hospitalização em comparação com 7% daqueles sem defeito cardíaco congênito.