O ex-ministro Eduardo Guardia faleceu nesta segunda-feira (11/4), aos 56 anos, depois de uma luta contra um câncer no cérebro, descoberto em 2021.
Segundo o médico neurocirurgião Felipe Mendes, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, existem os tumores primários, ou seja, que nascem das células do sistema nervoso, e as metástases, que vêm de lesões de outros tecidos do corpo.
"O tumor cerebral maligno mais comum é o glioblastoma multiforme (GBM). Atualmente, o tratamento é multimodal e multidisciplinar, envolvendo cirurgia associada à quimioterapia e radioterapia."
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Santa Casa BH recruta voluntários com tumor cerebral para pesquisa inéditaMedicamento projetado para o Alzheimer pode reduzir tumor cerebralBiomarcadores bioquímicos podem ajudar na detecção precoce de tumor Abril Azul Claro: um alerta sobre o câncer de esôfago"A cirurgia é indicada na maioria dos casos e só não é realizada quando o paciente está com a doença em estágio muito avançado ou quando está muito debilitado."
De acordo com o neurocirurgião, a cirurgia envolve uma técnica cirúrgica com uso de microscópio, além de outras tecnologias associadas, como o neuronavegador (GPS para navegar no cérebro) e alguns corantes que ajudam a diferenciar o tumor do tecido normal.
"Algumas cirurgias podem ser realizadas com o paciente acordado durante a parte principal do procedimento, quando envolvem áreas que controlam a linguagem, e também o uso da técnica de monitorização neurofisiológica, que ajuda a reduzir o risco de sequelas motoras."
O especialista reitera que, por ser uma doença grave, a expectativa de vida é reduzida, mas, com os tratamentos hoje disponíveis, é possível não só aumentá-la como também melhorar a qualidade de vida do indivíduo.