O Balleterapia alia os benefícios do balé clássico à saúde, promovendo qualidade de vida aos idosos. É uma forma de praticar atividade física de forma prazerosa. Com as aulas, é possível trabalhar alongamento, fortalecimento muscular, coordenação motora, memorização e treino de equilíbrio, funções orgânicas importantes até mesmo para evitar uma queda.
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Balé para idosos: dançar faz bem à vidaBalé: sonho de dançar não tem idadeComo reconquistar o prazer sexualGeração do quarto. Entenda esse fenômenoPriscila Monsano ressalta que o Balleterapia é um método inovador criado e desenvolvido por ela que, como bailarina e fisioterapeuta, alia os benefícios do balé clássico à saúde.
“É uma aula de balé com fins terapêuticos para fortalecer e alongar a musculatura, realinhar a postura, treinar o equilíbrio e a memorização. No Balleterapia, alguns movimentos do balé clássico foram redesenhados e adaptados para que não ocorram impactos nas articulações, tornando o método seguro para ser praticado por todas as idades.”
Para Priscila Monsano, antigamente existia um estigma de que balé só poderia ser estudado por crianças longilíneas, magras e com o físico adequado. Atualmente não. É possível se tornar bailarina uma pessoa que inicia seus estudos na vida adulta, mesmo sem ter nenhum contato com dança anteriormente.
“Todo corpo pode dançar. Balé é uma arte tão encantadora que deve ser vivenciada por todos que desejam. E, hoje, é possível. O adulto pode estudar balé, superando todos os desafios que o balé clássico tem, como por exemplo permanecer em equilíbrio na ponta dos pés com toda a elegância.”
“Todo corpo pode dançar. Balé é uma arte tão encantadora que deve ser vivenciada por todos que desejam. E, hoje, é possível. O adulto pode estudar balé, superando todos os desafios que o balé clássico tem, como por exemplo permanecer em equilíbrio na ponta dos pés com toda a elegância.”
Para os idosos, cuidado é a palavra-chave. Segundo ela, é importante ter em mente que tanto no balé adulto como no balé para idosos trabalha-se com um físico, muitas vezes, com desgastes articulares naturais do processo sistêmico orgânico. Portanto, é fundamental trabalhar sempre respeitando o limite de cada corpo. Cada corpo é único e o limite individual deve ser sempre respeitado, evitando exercícios de alto impacto para não sobrecarregar as articulações.
MÚSICA E BALÉ DIGITAL
A música é outro componente do balé que só faz bem, destaca Priscila Monsano: “Durante todos os movimentos trabalhamos com a música clássica, que relaxa e acalma a mente. Como toda prática de uma atividade física, com a aula de balé liberamos endorfina, serotonina, que são os hormônios que promovem o bem-estar.”
E é possível, de acordo com Priscila Monsano, fazer o balé digital. As aulas são ao vivo, com a professora interagindo o tempo todo com os alunos, para que possa monitorar, orientar e corrigir os movimentos quando necessário.
As sequências coreográficas de cada aula são montadas sempre pensando em um ambiente pequeno, para que o aluno possa executar de qualquer espaço. “Aconselhamos retirar tapetes para não escorregar e afastar móveis pontiagudos. É utilizar o encosto de uma cadeira como apoio, como a barra que temos em sala de aula.”
As sequências coreográficas de cada aula são montadas sempre pensando em um ambiente pequeno, para que o aluno possa executar de qualquer espaço. “Aconselhamos retirar tapetes para não escorregar e afastar móveis pontiagudos. É utilizar o encosto de uma cadeira como apoio, como a barra que temos em sala de aula.”
A bailarina também criou a escolha Ballet Maior, em São Paulo: “Todas as nossas aulas são híbridas, com alunos no presencial e no balé digital, permitindo que o aluno faça de todos os lugares. Atualmente, temos alunos de todo o Brasil, como Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, e até alunos de fora do país, nos EUA, Alemanha, Portugal e Itália, entre outros”.
Palavra de especialista
Cleyson Monteiro, professor do curso de psicologia da UNINASSAU Paulista
Criar vínculos consigo e com o outro
“A dança tem diferentes estilos e ritmos como o balé, fit dance, de salão, do ventre, samba, frevo, forró. Além de ser uma atividade leve e divertida, a modalidade contribui com a saúde mental e física, melhorando quadros de ansiedade, humor, socialização e autoestima. Pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade generalizada tendem a ser mais aceleradas, têm o pensamento focado no futuro. Ao dançar, a pessoa libera serotonina, o hormônio da felicidade e, ao se conectar com a música e focar nos próprios movimentos, os pensamentos se voltam para o presente, além de gerar prazer e alegria, auxiliando na diminuição do estresse. Pensamentos ansiosos causam sentimentos de angústia, receio e medo do futuro, por exemplo. Quando a pessoa começa a cuidar do físico, psíquico e psicomotricidade, que é o equilíbrio entre o corpo e mente, volta a ter maior estabilidade nesse descontrole emocional.”
Idosos: por que fazer?
- Os movimentos são mais leves e simples, exigindo menos velocidade e força dos alunos.
- Alongamento, aquecimento, preparação do corpo e demais exercícios trazem bem-estar.
- O corpo vai se adaptar a essa atividade de maneira gradual, respeitando os limites e as capacidades de cada aluno, sem sobrecargas.
- As aulas investem no trabalho com a força do corpo e dos músculos, as noções de equilíbrio e postura, ritmo e movimento.
- A aula é dada de forma divertida e relaxante, para que os idosos possam evoluir em seu ritmo.
- É um incentivo à sociabilidade e novas amizades.
- Encoraja a disciplina física, controle e consciência corporal.
- Inspira senso de confiança física e mental.
- Desperta uma habilidade corporal.
- Promove entendimento da relação entre música, ritmo e movimento controlado, concentração e um trabalho intenso de memorização dos passos.
- Definição e tônus muscular.
- Disposição para as tarefas diárias aumenta.