Pessoas que sofrem de alergias e intolerância ao glúten precisam sempre estar vigilantes sobre aquilo que estão consumindo. Normalmente, para isso, elas se baseiam nos rótulos dos produtos. Para fiscalizar se as empresas não estão cometendo nenhum tipo de fraude nesse processo, cientistas da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, desenvolveram uma teste para ser feito pelo celular, sem precisar levar o alimento até um laboratório, para saber se nele há mesmo glúten ou não. A pesquisa foi publicada na revista científica Food Control.
Leia Mais
Manchas brancas na pele? Você pode ter pitiríase versicolorPor que casos de rinite aumentam com a chegada do inverno? Museu de BH faz ação gratuita em comemoração ao Dia Mundial do BrincarMaio Verde: pessoa com doença celíaca pode apresentar alteração neurológicaCurso de Odontologia da Praça da Liberdade faz evento sobre câncer de bocaO processo é simples. É só pegar uma amostra do alimento, triturar, extrair o DNA e amplificar. Essa amostra então é misturada em um frasco com nanopartículas de ouro e, em apenas 10 minutos, está pronta. Neste ponto, é que entra o celular. A amostra do alimento deve ser colocada em uma membrana plástica e deve se tirar uma foto. Com um aplicativo, a amostra é decomposta em três cores primárias: vermelho, verde e azul. Quanto mais vermelho, maior a concentração de glúten naquele alimento.
Hoje em dia, para fazer essa análise é preciso uma equipe especializada e leva ao menos cinco horas. Desse modo, os pesquisadores acreditam que o novo teste pode ajudar a controlar os alimentos desde o momento em que são produzidos, de forma que, ao chegarem à mesa, sejam totalmente seguros para consumir.
Além disso, eles acreditam que o teste poderá ser usado para evitar fraudes na indústria alimentícia, especificamente para detectar possíveis adulterações de produtos cárneos, já que muitas vezes são adicionados grãos nesses preparos. Apesar da prática ser legal, há um limite estabelecido pelas agências reguladores que deve ser seguido.
O glúten é uma combinação de proteínas que está naturalmente presente em cereais como o trigo, a aveia, o centeio, a cevada e o malte. Segundo a Associação de Celíacos do Brasil (Acelbra), há um uma pessoa com doença celíaca no país para cada 600 habitantes.