Você já olhou por um olho mágico? Pois bem, aquela imagem meio embaçada e com tudo ao redor escuro é como cerca de 900 mil pessoas, portadoras do glaucoma, enxergam no Brasil.
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Segundo o Relatório Mundial sobre Visão, publicado pela OMS, em 2040 haverá 111,5 milhões de pessoas sofrendo de glaucoma no planeta. Existem muitas pessoas que desconhecem que têm a doença e muitos casos que podem ser evitados.
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A oftalmologista e especialista em glaucoma e catarata, Luíza Filgueiras Bicalho, explica que o principal fator de risco para o glaucoma é a elevada pressão intraocular (PIO) que, ao acometer progressivamente o nervo óptico acima do limite suportável, chega ao ponto de destruí-lo. "Essa é uma doença que não permite uma segunda chance. Se for descoberta em um estágio avançado, a cegueira será inevitável", relata.
A doença, classificada internacionalmente como multifatorial, necessita de um tratamento mais amplo, com foco multidisciplinar, que contemple os demais aspectos que podem levar ao glaucoma. Por isso, alerta a médica, "um desfecho negativo para a doença pode ser evitado se ela for tratada a tempo e corretamente e se, em paralelo, forem neutralizadas as circunstâncias que levam à elevação da pressão dentro do olho."
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Em seu livro "Os 9 erros cometidos por portadores de glaucoma", Luíza ensina que o estresse é, comprovadamente, um potencial desencadeador do glaucoma. Por outro lado, se os níveis dos hormônios do estresse e os parâmetros de inflamação forem reduzidos, a pressão dos olhos também é reduzida. "Práticas simples de meditação e caminhada são capazes de reduzir em torno de 20% a pressão intraocular", afirma.
Principais sintomas do glaucoma
- Dor intensa no interior do olho;
- Dificuldade para enxergar no escuro;
- Visão turva e embaçada;
- Olhos vermelhos;
- Aumento da pupila ou dos olhos;
- Visão afunilada;
- Dores de cabeça intensas, náuseas e vômitos.
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Tratamento pela informação
Reconhecida no contexto da ciência como doença traiçoeira, por sua ação silenciosa e lenta, o glaucoma pode deixar de progredir e ser estabilizado se tratado de forma adequada e no momento certo. De acordo com Luíza, este sucesso depende 100% da compreensão do paciente sobre a doença e da sua atuação no dia a dia como responsável pelo próprio tratamento. "Se a compreensão do paciente for parcial, o tratamento definitivamente não será efetivo".
Existe, esclarece Luiza, um padrão muito comum de erros cometidos pelos pacientes de glaucoma e que a maioria deles desconhece o básico, como por exemplo, a técnica correta de pingar o colírio. "Artigos científicos demonstram que apenas 30% dos pacientes aplicam o colírio adequadamente, o que significa que 70% estão tratando de forma incorreta ou incompleta", revela. Outro dado relevante, de acordo com a oftalmologista, é que após um ano de tratamento com colírios, 66% dos pacientes abandonam o tratamento.
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Como se trata de uma doença progressiva e irreversível, oferecer ao paciente o conhecimento mais aprofundado sobre a patologia tem sido o caminho adotado pela especialista para evitar os abandonos de tratamento, o uso incorreto de medicações e, consequentemente, a cegueira.
Serviço
Livro: "Os 9 erros cometidos por portadores de glaucoma"
Autora: Luíza Bicalho
Idioma: Português
Preço: R$ 57,00
*Estagiária sob supervisão