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Estado de Minas ESTOCOLMO

Mais de 200 casos confirmados de varíola do macaco no mundo, segundo agência europeia

A infecção dos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados


26/05/2022 07:18 - atualizado 26/05/2022 10:30

família de macacos
A varíola símia é provavelmente transmitida de animais por meio de secreções fisiológicas, como gotículas de saliva ou respiratórias ou contato com exsudato de feridas (foto: Pixabay)
O número de casos confirmados de varíola do macaco no mundo era 219 nesta quarta-feira (25), sem contar os países onde a doença é endêmica, de acordo com um balanço de uma agência sanitária da União Europeia (UE).


No total, 19 países onde a doença não é habitual, a maioria da Europa, relataram ao menos um caso confirmado, indicou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) em uma nota epidemiológica divulgada nesta quarta à noite.

"A maioria dos casos são de homens jovens, que se identificam como homens que têm relações sexuais com homens. Não há nenhuma morte", afirmou a agência com sede em Estocolmo.

 

  


Fora os 11 países africanos onde a varíola do macaco é endêmica, três países concentram atualmente a maioria dos casos registrados: Reino Unido (71), o primeiro onde foram detectadas infecções não habituais no começo de maio, Espanha (51) e Portugal (37), segundo o ECDC.

 

Leia também:Varíola do macaco: Anvisa reforça uso de máscara e distanciamento



A Europa tem a maioria dos casos, com 191, dos quais 118 estão em países da UE. Canadá (15), Estados Unidos (9), Austrália (2), Israel (1) e Emirados Árabes Unidos (1) são os países não europeus com infecções.

Casos suspeitos sem confirmação não foram incluídos no balanço.

O número total de casos registrados pelo ECDC quase quintuplicou desde seu primeiro relatório, de 20 de maio, em que a agência apontava 38 infecções.

Na segunda-feira, em sua primeira avaliação de riscos, o ECDC considerou que a probabilidade de contágio na população geral era "muito fraca", mas que era "elevada" para pessoas com vários parceiros sexuais.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou uma situação "atípica", mas julgou possível deter a transmissão da doença entre humanos.

A doença, menos perigosa que a varíola erradicada há cerca de 40 anos, é endêmica em 11 países da África Ocidental e Central. Costuma se traduzir em uma forte febre e evolui rapidamente para erupções cutâneas com formação de crostas.

A infecção dos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados. Segundo a OMS, os sintomas duram entre 14 e 21 dias.


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