Considerado um dos bairros mais tradicionais de Belo Horizonte, o Barro Preto, localizado na Região Centro-Sul da capital, é um dos principais polos da moda do país. Colonizado por imigrantes italianos que vieram trabalhar na construção da nova capital do estado, rapidamente deixou de ser, predominantemente, residencial para se transformar em importante região comercial.
Atualmente, o Barro Preto, que tem seu nome relacionado a uma argila escura e espessa encontrada em grande escala na região na época de sua fundação, é um dos maiores centros atacadistas de roupas do Brasil. Há cerca de 800 lojas de pronta-entrega distribuídas em 12 galerias e cinco shoppings no local. O atacado responde por 70% do comércio. As confecções empregam 2,5 mil costureiras.
Antes disso, o bairro era um lugar pacato, onde os moradores tinham uma rotina simples. Nela incluía esperar o leiteiro entregar o leite pela manhã, brincar em um campinho improvisado na Avenida Bias Fortes, ir ao cinema improvisado nos caminhões da prefeitura e passear na Praça Raul Soares.
As ruas do bairro, onde foi instalada a primeira sede do Palestra Itália, hoje clube social do Cruzeiro, eram de paralelepípedos e os postes elétricos ficavam no meio delas. Na década de 1970, com a verticalização, a paisagem se modificou. As casas deram lugar aos prédios. O Edifício Sete Lagoas foi o primeiro a ser construído no Barro Preto, com mais de 10 andares.
Caminhando pelas ruas menos agitadas do bairro ainda é possível encontrar imóveis que mantêm as características arquitetônicas da época de sua fundação. A maioria deles, no entanto, tem fins comerciais.
Infraestrutura
O Barro Preto destaca-se no cenário urbanístico como marco de pontos referenciais da capital, como a Igreja de São Sebastião, construída em 1913, a Maternidade Odete Valadares, referência no segmento, o Hospital Felício Roxo, o Fórum Laffayette, além da Praça Raul Soares, projetada em estilo paisagístico francês pelo engenheiro Aarão Reis.
O Edifício JK, projetado por Oscar Niemeyer, é outra referência na paisagem do bairro. Com 36 andares e 1.176 apartamentos, o conjunto começou a ser construído em 1953, no governo de Juscelino Kubitschek. Foi concluído nos 1970.
Hoje, o Barro Preto tem população estimada de 7 mil pessoas em área de 110,7 hectares. O bairro abriga importantes corredores de tráfego que acessam outras regiões, como as avenidas Amazonas, Augusto de Lima, Bias Fortes e Olegário Maciel.
Oferece boa infraestrutura aos seus moradores, com agências bancárias, supermercados, bares e restaurantes, locadoras de vídeo, padarias, sapatarias e armarinhos. É também bem próximo do Mercado Central. E, portanto, bem avaliado. A média de preço de imóvel é de R$ 600 mil.
Raio-X
Origem do nome
Argila espessa e escura encontrada na região.
Principais vias
Avenidas Amazonas, Augusto de Lima, Bias Fortes e Olegário Maciel
Linhas de ônibus municipais
32, 2102, 2103, 3053, 4033, 4205, 8405, 9210, 9410, 9412, SC03A, 5250 Linha Move (Estação Pampulha/Betânia)
Intermunicipais
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