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Estado de Minas TELESCÓPIO

Há indícios de vida em Vênus, diz estudo

Presença de gás fosfina é considerada um indício de que possa existir vida naquele local, mas os pesquisadores apontam a necessidade de estudos mais aprofundados


14/09/2020 15:56 - atualizado 14/09/2020 16:22

O planeta é o segundo mais próximo do Sol(foto: Pikist/Reprodução)
O planeta é o segundo mais próximo do Sol (foto: Pikist/Reprodução)
Pesquisadores encontraram gás fosfina na atmosfera de Vênus. O gás pode ter origem orgânica. Cientistas da Universidade de Cardiff (Reino Unido) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) descobriram a presença da substância na superfície do planeta do sistema solar. A descoberta contou com ajuda do telescópio James Clerk Maxwell, no Havaí, e da Grande Matriz Milimétrica/Submilimétrica do Atacama, no Chile. 
Fosfina é um gás incolor altamente tóxico. Na Terra, ele é produzido por microrganismos de forma anaeróbia, que não requer a presença de oxigênio. Em 2019, a busca pela substância em exoplanetas (planetas que orbitam estrelas) foi implementada com o objetivo de encontrar vida extraterrestre. A detecção de fosfina não significa automaticamente a descoberta de vida em Vênus, pois pode surgir como resultado de processos naturais desconhecidos. Na Terra, não é produzido por seres vivos, mas por atividades humanas, como a indústria. 

Sinais de vida 

Para o coordenador do grupo de astronomia da UFMG, Renato Las Casas, enquanto as mentes e olhos se voltam para o planeta Marte, onde a humanidade desconfia ter condições mais propícias e próximas a abrigar vida como a Terra, Vênus, um planeta com o nome do amor, um verdadeiro inferno que está mais próximo do Sol, foi onde os sinais de vida se revelaram, mesmo que de forma microscópica. 

Em Vênus, segundo Las Casas, as temperaturas ultrapassam 460°C, já que ele está mais próximo do Sol. Sua superfície é formada por inúmeros vulcões e a atmosfera está carregada de CO2 (monóxido de carbono) e óxido de enxofre. O planeta é acometido de inúmeras chuvas ácidas, durante o ano que dura 224,7 dias (tempo de sua órbita em torno do sol). 
 
Não se trata de uma "surpresa", revela o cientista. Os pesquisadores têm descoberto formas de vida em locais mais inóspitos, aqui mesmo, no planeta Terra. São seres que vivem em ambientes hostis, inimagináveis à inteligência humana, como em crateras vulcânicas ativas, territórios de extremo frio ou nas profundezas do mar, algumas formas consideradas "bizarras" para conceitos "humanos".
 
"O fato é que seja onde for encontrada vida, microscópica ou não, há sinais de que não estamos sozinhos no universo. A surpresa é justamente a intensa procura de vida em Marte, nas últimas décadas, porque não se acreditava que em Vênus, por fatores variados, fosse mais fácil encontrá-la." 

Deusa romana  

Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar em ordem de distância a partir do Sol. Recebeu seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza Vénus, equivalente a Afrodite. É o segundo objeto celeste mais  brilhante visto da terra, depois do sol. Conhecido pelos terráqueos também como a Estrêla Dalva, se destaca nas noites de céu aberto, por estar sempre próximo da lua quando está se aproxima da fase "nova" ou bem no final da "minguante".


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