Há 66 milhões de anos, quando os dinossauros ainda viviam sobre a Terra, um mamífero bizarro vivia no então existente supercontinete de Gondwana, que reunia o que é hoje a América do Sul (logo, o Brasil), a África, a Austrália, a Antártica, o subcontinente indiano e a Península Arábica.
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"Sabendo o que nós sabemos sobre a anatomia esquelética de todos os mamíferos, vivos ou extintos, é difícil imaginar que um mamífero como o Adalatherium pudesse evoluir. Ele entorta ou até quebra muitas das regras da evolução", afirma, em um comunicado à imprensa, David Krause, líder da pesquisa e cientista do Denver Museum of Nature & Science.
Quebra-cabeça
"Ele é simplesmente estranho. Entender como ele se movia, por exemplo, foi desafiador, porque a parte anterior de seu corpo conta uma história totalmente diferente da de sua parte posterior", complementa Simone Hoffmann, do New York Institute of Technology, outra autora do estudo, que reuniu mais 12 especialistas. Segundo Hoffmann, a "besta louca" reunia tanto características de mamíferos cavadores quanto de animais capazes de correr velozmente.
Segundo a cientista, o Adalatherium ajudará a entender melhor como os mamíferos evoluíram. "É uma importante peça do imenso quebra-cabeça da evolução inicial dos mamíferos do Hemisfério Sul, do qual muitas peças ainda faltam", diz Hoffmann.