Um meteoro do tipo ‘fireball’ foi visto na Região Sudeste do Brasil, durante a madrugada de segunda-feira. A divulgação de imagens do astro foi feita nesta quarta (24/3) pela Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), que junto com o Clima ao Vivo, capturou a passagem por meio de 23 câmeras de monitoramento.
Segundo a Bramon, inicialmente o meteoro não foi capturado por muitas câmeras devido à sua ‘lentidão’, que resultou em uma passagem de 12 segundos, algo incomum para o tipo de meteoro: “As estações da Bramon são configuradas para só gravarem vídeos de objetos que possam ser meteoros e a velocidade é um critério de corte para evitar gravação de aviões, satélites e outros objetos mais lentos que a maioria dos meteoros”.
Algumas cidades tinham câmeras com configurações menos restritas e conseguiram capturar o acontecimento, começando pela estação que fica em Patos de Minas, seguida por São Paulo, Osasco, Carmo da Mata, Divinópolis e depois em outros 18 municípios.
De acordo com a Bramon, há diferença nos termos usados para se referir a um meteoro: “Quando um pedaço de rocha espacial (meteoroide) atinge a atmosfera da Terra, devido à sua elevada velocidade, provoca o aquecimento e a ionização dos gases atmosféricos, gerando o fenômeno luminoso chamado de meteoro. Quando um meteoro é mais luminoso que o planeta Vênus, também podemos chamá-lo de 'fireball'. Fireballs que terminam de forma explosiva também são chamados de bólidos”.
A instituição explica que, em algumas situações, os meteoros passam por um fenômeno chamado ablação atmosférica, resistem à passagem atmosférica e chegam ao solo, sendo chamados de meteoritos.
A trajetória do meteoro seguiu uma velocidade de 4,3 mil km/h (15,1 km/s) e percorreu a distância de 187 km em 12,4 segundos. Ele surgiu em Guaratinguetá (SP) e desapareceu no município de Ibertioga (MG).
Em Minas, as imagens foram registradas por câmeras de 10 cidades: Oliveira, Carmo da Mata, São Francisco de Paula, Divinópolis, Piumhi, Pedro Leopoldo, Lagoa da Prata, Santo Antônio do Monte, Poços de Caldas e Patos de Minas.
Veja o vídeo:
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.