Ao longo da pandemia da COVID-19, especialistas observaram que os pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 que desenvolvem a “tempestade de citocinas” — uma produção exagerada de proteínas imunes pró-inflamatórias — são frequentemente acometidos pela forma mais grave da enfermidade e, consequentemente, apresentam maior risco de morte.
Essa resposta desmedida do sistema de defesa, que também ocorre em outras enfermidades, como a gripe, pode ser identificada com a ajuda de um sensor da pele. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores americanos e apresentada durante a última reunião da Sociedade Americana de Química.
“Especialmente agora no contexto da COVID-19, se nós conseguirmos monitorar as citocinas pró-inflamatórias e ver sua tendência de aumento, será possível tratar os pacientes precocemente, mesmo antes de eles desenvolverem os sintomas”, afirmou, em comunicado, Shalini Prasad, pesquisadora da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e principal idealizadora da tecnologia.
Prasad explica que as proteínas imunes pró-inflamatórias são excretadas no suor, só que em níveis mais baixos do que no sangue. Devido a essa característica, ela e sua equipe se dedicaram a desenvolver um método extremamente sensível. O dispositivo é semelhante a um relógio de pulso e mede os níveis das proteínas excretadas pelo corpo por meio de fitas revestidas por eletrodos e anticorpos específicos.
Pelo celular
A presença das proteínas é denunciada por meio de pequenas correntes elétricas enviadas para um smartphone, que acusa o resultado. Os pesquisadores testaram o aparelho em seis voluntários saudáveis e cinco, com gripe. Os resultados foram positivos em todas as análises, mas a equipe destaca que muito trabalho precisa ser feito ainda
Eles adiantam que, como próximo passo, pretendem realizar testes em pacientes com infecções respiratórias mais graves. “O acesso aos pacientes com COVID-19 tem sido um desafio,porque os profissionais de saúde estão sobrecarregados e não têm tempo para testar dispositivos experimentais. Por isso, ainda não fomos para essa etapa, mas vamos continuar a testá-lo para todas as enfermidades possíveis, já que os benefícios futuros valem muito a pena”, enfatizou Shalini Prasad.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas