Um estudo publicado por cientistas da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) detalhou como será a órbita do asteroide Bennu até o ano de 2300. Ainda que seja considerado um dos dois mais perigosos para a Terra, as chances gerais de que ele impacte o planeta até a data analisada é de uma em 1.750 (ou 0,057%). A análise foi publicada na revista científica Icarus, na última quarta-feira (11/8).
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Ao contrário disso, os cientistas destacaram que em 24 de setembro de 2.182, data mais provável para a colisão entre o Bennu e a Terra, a probabilidade de impacto real é de uma em 2.700 (ou cerca de 0,037%). Sendo assim, é pouco provável que o fim da espécie humana seja causado por esse corpo celeste.
O Bennu segue como um dos dois asteroides conhecidos mais perigosos em nosso sistema solar, ao lado do chamado 1950 DA. Mas, agora, os cientistas podem prever o comportamento dele com mais de dois séculos de vantagem, além de haver elementos empíricos para testar os modelos matemáticos desenvolvidos por aqui. "Nunca modelamos a trajetória de um asteroide com essa precisão antes", disse à Nasa o líder do estudo Davide Farnocchia, do Centro de Near Earth Object Studies (CNEOS).
Um mundo totalmente novo
Além de acalmar os ânimos em relação a uma futura catástrofe, os dados da Osiris também servirão para montar um quebra-cabeças importante na busca por entender o funcionamento do universo. Dante Lauretta, pesquisador principal da OSIRIS-REx e professor da Universidade do Arizona, comemorou o resultado da missão no resumo publicado no site da Nasa.
"A espaçonave está agora voltando para casa, carregando uma amostra preciosa deste fascinante objeto antigo que nos ajudará a entender melhor não apenas a história do sistema solar, mas também o papel da luz solar na alteração da órbita de Bennu, uma vez que mediremos as propriedades térmicas do asteroide em escalas sem precedentes em laboratórios na Terra", explicou.
É que, ao completar o caminho de volta em 2023, a Osiris entregará para os cientistas amostras da superfície do asteroide, como poeira, pedrinhas e grãos de seixo coletados por um braço robótico. Para Lauretta, a missão teve "um resultado incrível".