Graças à análise de DNA, um grupo de pesquisadores internacionais descobriu que uma das tumbas neolíticas mais bem preservadas do Reino Unido abrigou cinco gerações de uma única família. Os especialistas avaliaram fragmentos que pertenciam a indivíduos enterrados há aproximadamente 5.700 anos - por volta de 3700 a 3600 a.C. -, cerca de 100 anos depois que a agricultura foi introduzida na região. Os dados foram apresentados na última edição da revista especializada Nature e revelam a árvore genealógica mais antiga do mundo.
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"Era difícil imaginar, há apenas alguns anos, que algum dia saberíamos tanto sobre essas estruturas e tradições neolíticas. Mas isso é apenas o começo e, sem dúvidas, existe muito mais a ser descoberto em outros locais da Grã-Bretanha e em outras regiões", ressalta, em comunicado, Ron Pinhasi, pesquisador da Universidade de Viena, na Áustria, e um dos autores do estudo.
Para David Reich, pesquisador da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo, os dados obtidos abrem as portas para a realização de mais análises genéticas semelhantes, capazes de ajudar a revelar outros detalhes relacionados aos rituais funerários de povos ancestrais. "Esse estudo reflete o que eu acho que é o futuro do estudo do DNA antigo: com os arqueólogos conseguindo avaliar, com qualidade, as estruturas genéticas arcaicas e podendo responder a questões que são realmente importantes para eles", justifica.