Uma mulher foi a terceira pessoa a ser curada do HIV usando um novo método de transplante envolvendo o sangue de cordão umbilical. As informações são do jornal The New York Times.
Segundo os cientistas, o sangue do cordão umbilical está mais amplamente disponível do que as células-tronco adultas, normalmente usadas em transplantes de medula óssea, e não precisa ser compatível com o receptor.
Por isso, ele abre a possibilidade de curar mais pessoas de diversas origens raciais do que era possível antes. A paciente é considerada mestiça.
No mundo, a maioria dos doadores nos registros é de origem caucasiana, portanto, permitir apenas uma correspondência parcial tem o potencial de curar dezenas de infectados que têm HIV e câncer a cada ano.
Além de ser portadora do HIV, a mulher que foi curada tinha também leucemia e recebeu o sangue do cordão para tratar o mal cancerígeno.
De acordo com o anúncio, o sangue veio de um doador parcialmente compatível, em vez da prática típica de encontrar um doador de medula óssea de raça e etnia semelhantes à do paciente.
Os detalhes da nova descoberta foram divulgados nos Estados Unidos, durante a Conferência “Retrovírus e infecções oportunistas”, em Denver, Colorado.
Segundo os pesquisadores, drogas antirretrovirais poderosas podem controlar o HIV, mas a “cura” é a chave para acabar com a pandemia de décadas – desde o início dos anos 1980. Em todo o mundo, quase 38 milhões de pessoas vivem com HIV, e cerca de 73% delas recebem o tratamento.
O QUE MUDA Ainda de acordo com os cientistas, o sexo e a origem racial do novo caso marcam um passo no desenvolvimento de uma cura para a doença.
O primeiro homem a ser curado de HIV foi Timothy Ray Brown, conhecido como “o paciente de Berlim”. Ele faleceu em 2020, depois do ressurgimento de um câncer, a leucemia.
A segunda pessoa a ser anunciada pela comunidade médica mundial como curada do HIV foi Adam Castillejo, um venezuelano conhecido como 'paciente de Londres'.