Moradores de bairros mais pobres estão mais expostos a níveis altos de poluição atmosférica do que os moradores de áreas mais nobres. A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
A pesquisa analisou mais de 200 cidades norte-americanas. Os autores compararam os dados sobre poluição em mapas que identificam áreas mais e menos perigosas. Os locais mais pobres e arriscados para compra de imóvel sofrem com maiores níveis de concentração de material particulado PM 2,5 - uma partícula fina prejudicial à saúde que está presente em alguns aerossóis.
Consequentemente, as regiões mais pobres concentram taxas mais altas de doenças cardiovasculares e respiratórias, como asma, pneumonia e até câncer de pulmão. O estudo também constata que pessoas negras e outras minorias (maioria em áreas de risco) são as mais afetadas pelo ar sujo.
"Essas áreas agora são mais propensas a ter problemas de saúde, envenenamento por chumbo, asma, câncer de pulmão, doenças cardíacas e mesmo covid", evidencia Yvonka Hall, especialista em meio ambiente e saúde.
ESTADOS UNIDOS
Desigualdade ambiental: pesquisa mostra que pobres respiram ar mais sujo
Pesquisa da Universidade da Califórnia reforça a ligação entre desigualdade social, raça e impactos climáticos