Jornal Estado de Minas

CIÊNCIA

Asteroide do tamanho de um caminhão passa muito perto da Terra



Um asteroide do tamanho de um caminhão passou na quinta-feira (26) perto da Terra sem provocar perigo, em uma das maiores aproximações já registradas, informou a agência espacial americana, Nasa.

O asteroide 2023 BU, descoberto recentemente pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, passou sobre o extremo sul da América do Sul por volta das 21h29 (horário de Brasília), segundo a Nasa.



Em seu ponto mais próximo, o asteroide chegou a apenas 3.600 quilômetros da superfície da Terra, uma distância mais próxima do que muitos satélites geoestacionários que orbitam o planeta.

A descoberta aconteceu no sábado (21) a partir de um observatório na Crimeia, graças ao trabalho do astrônomo amador Gennadiy Borisov, que já havia detectado um cometa interestelar em 2019.

Em seguida, dezenas de observações foram registradas em observatórios ao redor do mundo. O sistema de avaliação de risco de impacto Scout, da Nasa, rapidamente descartou a possibilidade de impacto do asteroide na Terra.

"Apesar de poucas observações, ele (Borisov) foi capaz de prever que o asteroide se aproximaria de maneira extraordinária da Terra", disse Davide Farnocchia, que ajudou a desenvolver o sistema Scout.

"De fato, esta é uma das aproximações conhecidas mais próximas de um objeto à Terra já registradas", acrescentou.



Porém, mesmo que os cálculos estivessem equivocados, a humanidade estaria a salvo, de acordo com os cientistas.

Com um comprimento de apenas 3,5 a 8,5 metros, o 2023 BU é muito pequeno para provocar danos significativos e teria desintegrado ao entrar na atmosfera.

Os poucos meteoritos que chegaram à Terra são pequenos, diferente dos enormes blocos que destroem cidades e provocam tsunamis nos filmes.

Sua aproximação da Terra terá um impacto mais duradouro no asteroide, de acordo com os matemáticos da Nasa.

A gravidade da Terra aumentará o tempo que leva para o asteroide completar a órbita ao redor do Sol, de 359 dias para 425 dias, segundo a Nasa.