Atualmente, temos opções demais em tudo, obra da criatividade dos empreendedores, dos marqueteiros e dos inventores cada vez mais atentos aos desejos que invadem a cabeça dos consumidores.
Em uma olhada em volta que se dê hoje, encontramos produtos e soluções que caem como uma luva em nossos gostos e sonhos.
A pergunta que não quer calar é se, com a mesma facilidade, resolvemos problemas que surgem em nossa cabeça e chegam ao coração.
Dizer “tudo bem” tornou-se comum – uma forma de não revelar o que corrói nossas almas e não oferecer oportunidade para quem gosta de dar pitacos na vida dos outros sem ser especialista em cuidar de mentes perturbadas.
Além do quê, não fica bem ficar choramingando sobre o que nos acontece de ruim.
Vivemos este dilema dia e noite, um carma próprio do ser humano, acostumado a não interpretar os seus sonhos como fazia o velho Dr. Freud e simplesmente dizer:
– Melhor deixar prá lá…
Fazendo assim, a pessoa vai escapulindo daqui pra ali como se nada estivesse errado.
Os mais antigos afirmavam que a pessoa estava com parafuso frouxo na cabeça, uma forma banal de se expressar, mas oportuna em muitas situações.
Esse parafuso, que nunca se ajusta, aliás, está em cada um de nós, principalmente em caso de crise existencial.
Colocar o parafuso no lugar certo necessita de uma boa ferramenta de rosca ou de um choque de realidade para ajustar as coisas na cabeça.
Ah! Mas não é fácil, não. Que o diga o mundo em seu dia a dia…