Jornal Estado de Minas

Exaltação às mulheres

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Tudo começou no Rio de Janeiro, em 2000, como uma oficina com a intenção de ensinar batucada. Ao final do primeiro ano, os músicos realizaram um desfile e nasceu assim o Monobloco, trazendo inovações nas batidas e na maneira de misturar ritmos e instrumentos. Há três anos, o projeto de oficinas aportou em Belo Horizonte e, cada vez mais, vem atraindo interesse e se consolidando. “Estamos trazendo para o integrante que curte o carnaval a nossa filosofia, que é de começar a participar das oficinas logo no começo do ano, em maio, para chegar no carnaval tocando bem, sabendo a técnica do instrumento, um cardápio de ritmos bacana para executar e tocando ensaiado, no nível que a gente gosta de apresentar ao público”, afirma o percussionista e maestro Celso Alvim, um dos fundadores do Monobloco ao lado de C. A. Ferrari, Mário Moura, Pedro Luís e Sidon Silva. “É óbvio que existem várias formas de curtir o carnaval como batuqueiro, mas a gente vem trazendo o nosso padrão para o desfile do Monobloco em BH”, completa.

Como já é tradição, antes de Momo chegar, o grupo fará dois ensaios abertos ao público com a bateria de BH, hoje e em 21 de fevereiro, no Mercado, no Centro da cidade. O desfile na capital mineira está marcado para 5 de março, no entorno do Mineirão, por onde passarão diretoria, canários e batuqueiros.

Celso diz que os músicos estão bem animados para a folia e que o resultado das oficinas tem sido interessante e produtivo. “A bateria de BH está superafiada e vamos mostrar um repertório renovado. Queremos fazer uma grande festa na cidade nesse carnaval, tanto nos ensaios abertos quanto no desfile em março”, destaca.

Celso assegura que o mineiro tem “jeito para a coisa” e sabe, sim, batucar. O músico ressalta a contribuição cultural de Minas na história do Brasil, passando pela culinária, política e a música. “Minas tem música da melhor qualidade, grandes compositores, tem uma tradição de carnaval também antiquíssima como aqueles primeiros grupos carnavalescos de Ouro Preto e Diamantina.” Ele elogia a “revitalização maravilhosa” da folia em BH, que faz despontar “ideias musicais interessantíssimas e um bando de músicos legais”.

O tema para o desfile deste ano é Abram alas pra elas – Homenagem às mulheres da música brasileira. Celso Alvim explica que a escolha foi feita através do voto dos integrantes das oficinas de percussão em São Paulo, Rio e BH. “Três temas foram submetidos à votação e esse foi o mais votado.
A questão do empoderamento feminino, da busca da igualdade de direitos e condições é muito importante, mas a gente quer mostrar, sobretudo, a grande contribuição das mulheres na música brasileira, sejam elas compositoras ou intérpretes. Conseguimos fazer um apanhado bem legal”, afirma.

Além de clássicos do repertório do Monobloco, o set list terá sucessos de compositoras e cantoras dos mais variados estilos e levadas, misturando Chiquinha Gonzaga, Carmen Miranda, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Elis Regina, Rita Lee, Beth Carvalho, Clara Nunes, Tulipa Ruiz, Iza, Ludmilla e Anitta. “São mulheres de várias gerações, de estilos musicais diferentes, tudo isso adaptado à nossa batucada”, resume.

MONOBLOCO – ENSAIO
Hoje, das 17h à 1h. Abertura da casa com Adair Groove (Baile da Teresa). O Mercado (Av. Olegário Maciel, 742, Centro). Ingressos: R$ 20. Vendas pelo www.sympla.com.br.

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