Não há outra opção para o alpinista Alex Honnold em seu desafio registrado pelo filme de documentário Free solo, que concorre ao Oscar de 2019 em sua categoria. Ou ele escala o paredão rochoso El Capitan, na Califórnia, de mais de 900 metros, ou morre, já que não usa qualquer tipo de proteção na subida. Honnold encarou o desafio usando as próprias mãos, sem ao menos usar luvas.
O feito histórico de Alex Honnold poderá ser visto na TV brasileira. O filme, dirigido por E. Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, estreia no canal National Geographic em 9 de março, quando já vai se saber se o filme levou ou não a estatueta de melhor documentário no Oscar deste ano, cuja cerimônia será realizada no domingo (24).
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas, ou Bafta, na sigla em inglês, já premiou, no último dia 10, a produção como o melhor documentário do ano. O prêmio é considerado o Oscar britânico. Free solo venceu outro filme indicado ao Oscar, RBG, que também disputava o Bafta. McQueen, Three identical strangers e They shall not grow old, de Peter Jackson, foram os outros concorrentes.
Já a disputa ao Oscar de melhor documentário, além de Free solo e RBG, terá também os filmes Hale county, Minding the gap e Of fathers and sons.
O documentário Free solo mostra não apenas a escalada de Alex Honnold em si, mas também sua vida pessoal e sua preparação para o evento, que contou com alguns contratempos e lesões inesperadas.
FAMÍLIA “Para mim, era mais importante que o filme explorasse não só os diálogos internos de Alex, como também suas relações pessoais, com sua família e amigos, assim como sua recente relação com sua namorada, Sanni McCandless”, afirma a diretora, em nota. “A história de Alex tem uma grande qualidade inspiradora que me afetou profundamente e eu quis comunicar esses temas aos espectadores.”
Mas, claro, o filme também contou com cenas da escalada em si, que podem ser aflitivas aos espectadores. Por ser alpinista profissional, Jimmy Chin sabe o quão perigosa pode ser a escalada. “A escalada em solo integral requer um compromisso extraordinário porque se escala sem um sistema de segurança como suporte. Em poucas palavras, se não o faz com perfeição, você morre”, disse ele, também em nota. “É a forma mais pura de escalar e a mais perigosa.”
Chin revela que foi preciso ter muita confiança em Honnold para ter certeza de que não registraria sua morte.