O compositor, arranjador, tecladista e acordeonista mineiro Célio Balona volta aos palcos para comemorar seus 80 anos e relembrar as canções do disco Batuquerê, lançado por ele em 1992. Com 65 anos de carreira, Balona fará quatro shows, recebendo Ivan Lins, Nivaldo Ornelas, Chico Amaral e Gilson Peranzzetta, entre outros convidados. A festa começa nesta quarta-feira (20), às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em BH.
“Batuquerê tem importância muito grande pra mim. Foi o meu início na música instrumental, o que realmente queria fazer. Quis dar um nome diferente ao CD, assim como fazia Guimarães Rosa. Batuquerê vem de querer batucar, de tocar, da vontade de fazer música e sentir o ritmo”, explica Balona. Ele conta que na época da gravação, em 1991, escolheu músicos com quem tinha afinidade para registrar suas canções autorais. A banda reunia Kiko Mitre (baixo), Chico Amaral (saxofones), Bill Lucas (percussão) e Pingo Ballona (bateria), além dos convidados Waldir Silva (cavaquinho), Dado Prates (flauta) e Weber Lopes (viola).
O repertório desta quarta-feira (20) terá canções de Batuquerê e do disco Imagens, lançado em 1983.
ACORDEOM O segundo show, em 3 de abril, contará com Lins (piano), Gilson Peranzzetta (teclados) e Kiko Mitre (baixo acústico). “Tocaremos as músicas mais conhecidas do Ivan, canções imortais que fizeram – e fazem – a cabeça de muita gente. Vou tocar o meu acordeom”, adiante Balona.
“O terceiro show lembrará os tempos em que morei em Florianópolis, onde montei uma banda eletrônica. Ele se chama Célio Balona & BR Groove – Música eletrônica. Convidei duas pessoas que tocavam comigo naquela época: o percussionista Mário Pereira e o DJ Júnior Antonini”, revela.
Também subirão ao palco o baixista Adriano Campagnani, o guitarrista Magno Alexandre, o tecladista Cristiano Caldas e o baterista Pingo Ballona.
Balona diz que seu propósito é ressaltar a importância dos sintetizadores. “Eles deram às pessoas a oportunidade de conhecer outros timbres, além dos acústicos. O repertório trará, basicamente, canções de Tom Jobim e uma de Guilherme Arantes. As outras são minhas”, conta Balona.
Sua ligação com os sintetizadores é antiga. Em 1977, o mineiro representou a América Latina no Encontro Mundial da Yamaha, realizado no Japão.
BAILE Anos dourados, o último show, foi marcado para 1º de maio. “Vamos lembrar os meus tempos de baile, entre as décadas de 1950 e 1980, que acabaram me deixando conhecido no cenário musical. O repertório terá canções românticas italianas e francesas, além dos famosos boleros”, adianta Balona.
A banda de Anos dourados reunirá Nivaldo Ornelas (sax), Wagner Souza (flugelhorn e trompete), Milton Ramos e Ezequiel Lima (baixo), Cristiano Caldas (teclados), Pingo Ballona (bateria), Bill Lucas (percussão) e o anfitrião (teclados e piano).
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