Assim como o de cinema e o de gastronomia – os mais celebrados –, o Festival de Fotografia de Tiradentes se consolidou no calendário de eventos da cidade histórica mineira. Em sua nona edição, o Foto em Pauta oferece de hoje (27) a domingo uma programação com diversas exposições, workshops, palestras, debates, leituras de portfólio, projeções de fotografias e atividades educativas voltadas para a comunidade local.
“Quando fizemos o primeiro, em 2011, não esperávamos chegar aonde chegamos. A adesão da comunidade (não somente a fotográfica), como a de Tiradentes e região, foi maciça. Estamos enfrentando muitas dificuldades financeiras, mas o festival esta aí, divulgando a produção fotográfica brasileira e fomentando o desenvolvimento da linguagem artística no Brasil”, afirma Eugênio Sávio, organizador do Foto em Pauta.
Em 2019, o evento vai destacar o trabalho de aproximadamente 200 fotógrafos em 26 exposições. Uma projeção de imagens da tragédia de Brumadinho segue em preparação. O festival lançou uma convocatória, cujo prazo termina na noite desta quarta (27), para que fotógrafos enviem trabalhos e projetos fotográficos dentro da temática do desastre ocorrido com o rompimento da Mina do Córrego do Feijão.
“A fotografia sempre foi um instrumento importante de reconstrução histórica e cultural e um mecanismo de preservação da memória coletiva. Convocamos os profissionais da área que testemunharam essa tragédia para chamar a atenção para Brumadinho. Não poderíamos deixar de lado esse episódio, que afetou e ainda afeta Minas Gerais”, diz o organizador da mostra. Cada autor pode enviar de uma a 10 imagens, em formato JPG. Os registros serão projetados em uma sessão noturna no sábado, batizada de Testemunhos para o não esquecimento.
Um outro trabalho que segue essa linha é o da fotógrafa mineira Júlia Pontés. Ela apresentará um ensaio na Igreja de São João Evangelista. Júlia faz imagens aéreas dos vestígios da mineração em Minas Gerais. “As fotos mostram a devastação social, ambiental e humana que a mineração vem causando. Há um bom tempo, Júlia vem realizando esse trabalho. É uma abordagem bem interessante”, diz Eugênio Sávio.
NOVOS AUTORES
De acordo com o fotógrafo, a cada ano sobe a participação de profissionais de outros estados no Foto em Pauta. Cada edição dedica sua mostra principal aos registros de uma viagem a alguma região do país. Neste 2019, o Sul do Brasil foi o escolhido. A exposição Vento Sul, com curadoria de João Castilho e Pedro David, reúne o trabalho de 31 artistas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para preparar a exposição, os curadores partiram para lá e se encontraram com mais de 100 profissionais nas cidades de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). “A exposição dá continuidade ao nosso projeto de apresentar novos autores e integrar artistas do país.”
Já Ameríndios do Brasil é o nome da mostra do fotógrafo e documentarista Renato Soares, autor do projeto que consiste na documentação da rica diversidade étnica brasileira neste início de século 21, com foco nas populações indígenas. “O festival não é mais nosso; é dos brasileiros. Das 26 mostras, apenas três foram produzidas por nós. O restante foi por instituições como UFMG, Iphan, grupos de fotógrafos de BH, Rio, São Paulo. Mesmo a cidade não tendo galerias, a gente sempre consegue espaços alternativos e os restaurantes e pousadas se adaptam para receber o Foto em Pauta. Isso é muito bacana”, diz o organizador.
9º Festival de Fotografia de Tiradentes
Abertura hoje. Até domingo (31), em diversos locais. Programação gratuita. Mais informações: www.fotoempauta.com.br/festival2019.
“Quando fizemos o primeiro, em 2011, não esperávamos chegar aonde chegamos. A adesão da comunidade (não somente a fotográfica), como a de Tiradentes e região, foi maciça. Estamos enfrentando muitas dificuldades financeiras, mas o festival esta aí, divulgando a produção fotográfica brasileira e fomentando o desenvolvimento da linguagem artística no Brasil”, afirma Eugênio Sávio, organizador do Foto em Pauta.
Em 2019, o evento vai destacar o trabalho de aproximadamente 200 fotógrafos em 26 exposições. Uma projeção de imagens da tragédia de Brumadinho segue em preparação. O festival lançou uma convocatória, cujo prazo termina na noite desta quarta (27), para que fotógrafos enviem trabalhos e projetos fotográficos dentro da temática do desastre ocorrido com o rompimento da Mina do Córrego do Feijão.
“A fotografia sempre foi um instrumento importante de reconstrução histórica e cultural e um mecanismo de preservação da memória coletiva. Convocamos os profissionais da área que testemunharam essa tragédia para chamar a atenção para Brumadinho. Não poderíamos deixar de lado esse episódio, que afetou e ainda afeta Minas Gerais”, diz o organizador da mostra. Cada autor pode enviar de uma a 10 imagens, em formato JPG. Os registros serão projetados em uma sessão noturna no sábado, batizada de Testemunhos para o não esquecimento.
Um outro trabalho que segue essa linha é o da fotógrafa mineira Júlia Pontés. Ela apresentará um ensaio na Igreja de São João Evangelista. Júlia faz imagens aéreas dos vestígios da mineração em Minas Gerais. “As fotos mostram a devastação social, ambiental e humana que a mineração vem causando. Há um bom tempo, Júlia vem realizando esse trabalho. É uma abordagem bem interessante”, diz Eugênio Sávio.
NOVOS AUTORES
De acordo com o fotógrafo, a cada ano sobe a participação de profissionais de outros estados no Foto em Pauta. Cada edição dedica sua mostra principal aos registros de uma viagem a alguma região do país. Neste 2019, o Sul do Brasil foi o escolhido. A exposição Vento Sul, com curadoria de João Castilho e Pedro David, reúne o trabalho de 31 artistas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para preparar a exposição, os curadores partiram para lá e se encontraram com mais de 100 profissionais nas cidades de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). “A exposição dá continuidade ao nosso projeto de apresentar novos autores e integrar artistas do país.”
Já Ameríndios do Brasil é o nome da mostra do fotógrafo e documentarista Renato Soares, autor do projeto que consiste na documentação da rica diversidade étnica brasileira neste início de século 21, com foco nas populações indígenas. “O festival não é mais nosso; é dos brasileiros. Das 26 mostras, apenas três foram produzidas por nós. O restante foi por instituições como UFMG, Iphan, grupos de fotógrafos de BH, Rio, São Paulo. Mesmo a cidade não tendo galerias, a gente sempre consegue espaços alternativos e os restaurantes e pousadas se adaptam para receber o Foto em Pauta. Isso é muito bacana”, diz o organizador.
9º Festival de Fotografia de Tiradentes
Abertura hoje. Até domingo (31), em diversos locais. Programação gratuita. Mais informações: www.fotoempauta.com.br/festival2019.