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Yara Tupynambá ganha mostra comemorativa em BH

Artista plástica mineira celebra mais de 60 anos dedicados à pintura e exibe 91 trabalhos na Galeria Errol Flynn. Mostra sintetiza sua trajetória, iniciada nos anos 1950 sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard


postado em 10/06/2019 04:08

Aos 87 anos, Yara Tupynambá é um baú de memórias nas artes plásticas e destaca seu aprendizado com o %u201Cmestre%u201D Guignard(foto: Leo Lara/DivulgaÇÃO )
Aos 87 anos, Yara Tupynambá é um baú de memórias nas artes plásticas e destaca seu aprendizado com o %u201Cmestre%u201D Guignard (foto: Leo Lara/DivulgaÇÃO )


Destaque das artes plásticas de Minas Gerais, Yara Tupynambá tem parte representativa de sua obra exposta a partir desta segunda-feira (10), na Errol Flynn Galeria de Arte. São 91 trabalhos no projeto, que propõe uma viagem pelos principais ciclos da pintora, de 87 anos, celebrando mais de seis décadas de dedicação ao ofício.

Um baú de memórias a acompanha. “Estar nessa exposição é também a oportunidade de passear por minha trajetória, pois comecei a desenhar ainda jovem, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard, no Parque Municipal. Ali aprendemos a ver a diferença das folhagens das árvores, o movimento dos galhos e a presença de pessoas em cenário bucólico. Isso ocorreu ainda nos anos 1950”, lembra.

A artista plástica acredita que a exposição Yara Tupynambá, uma vida na arte – Obras de 1957 a 2019, com curadoria de Errol Flynn Júnior, difere das outras que realizou, pois se trata de uma espécie de mosaico. “Ela traz desenhos antigos que fiz com carvão, em preto e branco. Há também o painel que fiz em 1957, aos 22 anos, e mostra que eu já tinha talento. Há trabalhos de grandes dimensões, como Os quatro cavaleiros do apocalypse. Essa coisa de expor grandes trabalhos é meio complicada, algo raro de se ver hoje”, garante.

Um dos destaques é o ciclo de paisagens de montanhas, outro do Vale do Rio Doce e da Serra do Cipó, além de parques. “Uma série de artistas famosos visitaram meu ateliê, como se estivessem em minha casa. Confesso que gosto de misturar artistas que aprecio”, conta. A mostra é um resumo de tudo? Yara crê que não. “Falta ainda muita coisa, mas traz obras desde 1957. Portanto, proporciona a visão ampla da produção de uma artista”, observa.

Embora a galeria seja espaçosa, ela teve de abrir mão de 15 pinturas. “Elas eram de colecionadores. Meus quadros são grandes, em sua maioria. Não houve jeito de colocarmos as 106 obras programadas.” A caminho da abertura, três quadros foram vendidos, mas ficarão expostos. “É uma boa oportunidade de as pessoas conhecerem parte de meu trabalho. Está muito bonita. Dificilmente poderei reunir outra vez tantos quadros em uma única exposição. Portanto, é fundamental para a minha carreira”, afirma a artista.

Artista premiada, Yara é natural de Montes Claros, no Norte de Minas, e se formou em artes plásticas em Belo Horizonte. Foi aluna de Oswaldo Goeldi e Guignard. Estudou também no Pratt Institute de Nova York e foi professora e diretora da Escola de Belas-Artes da UFMG e da Escola Guignard, ambas na capital.

A artista programou uma visita guiada à exposição em 18 de junho, às 20h. “Vou mostrar e explicar cada obra ao visitante”, ressalta. Está previsto o lançamento de um catálogo-livro com imagens das obras e textos dos críticos Carlos Perktold, Enock Sacramento e Olívio Tavares de Araújo.



INTERNACIONAL

Yara tem obras espalhadas pelo mundo. “Isso muito me orgulha, pois são vários países: Japão, Estados Unidos, Argentina, Índia, Inglaterra, França e Chile, entre outros. Devo ter feito mais de 2,5 mil trabalhos. A pintura é o que me move”, reforça. Ela continua pintando, é professora da Maison Escola e Galeria de Arte, em BH. “Minhas aulas, normalmente, são para professores, médicos, engenheiros e arquitetos, gente adulta que se interessa por arte para ter uma melhor visão do mundo”, explica.

A montes-clarense está ligada à pintura desde criança. “Aos 7 anos, já desenhava bastante. Quando entrei para o colégio, aos 11, tive uma professora que muito me incentivou. Em vez de ficar fazendo aqueles desenhos geométricos, parte da matéria dela, me deixava desenhar ao natural, a gente levava potes e vasos para a escola. Já fazia um trabalho diferente dos outros alunos”, relembra.

Garota, Yara estudou com Guignard na famosa escolinha do Parque Municipal, em BH. “Aí não teve jeito, tornei-me artista plástica na essência, com o mestre me ensinando muita coisa.” Foram tempos difíceis, pois a pintura não era tão reconhecida na capital mineira.

“Naquela época, não havia o profissionalismo que há hoje, com galerias, exposições e possibilidades de venda das obras. Era uma coisa meio amadora. Fazíamos aquilo porque gostávamos. Mas, a partir dali, foi uma vida inteira pintando por gosto”, conclui.

YARA TUPYNAMBÁ, UMA VIDA NA ARTE – OBRAS DE 1957 A 2019

Errol Flynn Galeria de Arte. Rua Curitiba, 1.862, Lourdes, (31) 3318-3830. O espaço funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 13h. Entrada franca. Até 5 de julho.


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