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Série 'Euphoria' choca ao expor a realidade cruel da adolescência

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– Estou nervosa – diz Jules.
– Não fique – aconselha
Papai Dominador.
– Promete que não é um
assassino em série? – afirma ela.
– Prometo.

No estacionamento de um motel de subúrbio, a jovem Jules, interpretada pela atriz, modelo e ativista transexual Hunter Schafer, demonstra alguma insegurança no contato por mensagem telefônica com um desconhecido, identificado como Papai Dominador (Eric Dane). Ela o conheceu em um aplicativo de paquera, antes de entrar no quarto dele. Ali ocorreu a cena mais polêmica da semana na TV mundial, logo no primeiro episódio de Euphoria, a nova série da HBO.


Jules entra, tem algum contato com o sujeito forte e mais velho. Ele rasga a meia-calça dela e a penetra de bruços. A cena – gravada com uma prótese de plástico, segundo Dane – mostra a ereção explícita do pai de família Cal. E também que o seriado não pretende pegar leve na temática que envolve adolescentes, sexo e drogas.


A protagonista é Rue (Zendaya). No primeiro episódio, a secundarista volta da clínica de reabilitação dizendo-se “sem a menor intenção de se manter limpa”. A estreia exibe sua rotina entorpecida e psicodélica, além da relação com os adolescentes da escola, todos inquietos em relação à sexualidade e ao consumo de drogas.

Nesse processo, os caminhos de Rue e Jules se cruzam.


Com cenas chocantes, como a de Rue desacordada depois de uma overdose, Euphoria tem provocado polêmica. Um grupo de vigilância da mídia dos EUA fez petição para que a série saia do ar. No entanto, a HBO reforça que a atração não é indicada para menores de 18 anos. A própria Zendaya declarou em seu perfil no Instagram que ela se destina “à audiência madura”, defendendo a trama como “representação crua e honesta do vício, da ansiedade e das dificuldades de viver hoje em dia”.

 

EUPHORIA
. HBO
.  Domingo, às 23h

 

 

 

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