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COMIDA, DIVERSÃO E ARTE

Dona Onete retorna a Belo Horizonte para dois encontros com o público. Hoje ela canta, conta casos e cozinha no Mercado Distrital do Cruzeiro. Amanhã, faz o show do disco Rebujo no Sesc Palladium


postado em 03/07/2019 04:10

Para mim, as comidas mais ricas do Brasil são a do Pará e a de Minas. São diversas em sabores, em possibilidades, por isso ficaram tão famosas, não só no Brasil como até no exterior. De vez em quando, me aventuro com alguns pratos típicos mineiros, como frango com quiabo, costelinha com ora-pro-nóbis, que eu adoro, e corresponde ao nosso jambu. Mas minha especialidade é mesmo a comida da minha terra
Para mim, as comidas mais ricas do Brasil são a do Pará e a de Minas. São diversas em sabores, em possibilidades, por isso ficaram tão famosas, não só no Brasil como até no exterior. De vez em quando, me aventuro com alguns pratos típicos mineiros, como frango com quiabo, costelinha com ora-pro-nóbis, que eu adoro, e corresponde ao nosso jambu. Mas minha especialidade é mesmo a comida da minha terra" Dona Onete, cantora paraense (foto: Adriano Fagundes/Divulgação)

 


"Pode avisar que estou voltando", afirma Dona Onete. A cantora e compositora de Igarapé-Miri, no Pará, não se apresenta em Belo Horizonte desde 2016. "Tem muito tempo que meu público daí não me vê. Mas bom que agora vai ser em dose dupla", diz. Nesta quarta (3), ela apresenta seu cooking show, no qual canta, conta histórias e, sobretudo, cozinha pratos típicos da culinária paraense. O reencontro com o público mineiro será no Mercado Distrital do Cruzeiro. Na quinta (4), Dona Onete sobe ao palco do Sesc Palladium com o show da turnê de seu mais recente trabalho, Rebujo. "Estão arrumando mais trabalho para mim, mas eu até que gosto", diverte-se. A cozinha maravilhosa de Dona Onete é uma experiência gastronômica que mescla música com comida e onde os convidados têm a oportunidade de experimentar receitas preparadas pela rainha do carimbó. "Comecei esse projeto lá fora, como Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra. Só agora estamos começando a fazer no Brasil.

Sempre falei da comida e das iguarias do Pará nas minhas canções. Então acho que é uma mistura que combina." Ao longo do preparo, Dona Onete conta causos, bate papo e cita histórias sobre os pratos típicos e temperos paraenses. É uma viagem afetiva, como ela costuma dizer. O menu vai ter peixada ao molho caboclo e pudim parauara. Também não vai faltar a cachacinha de jambu. "Para mim, comidas mais ricas do Brasil é a do Pará e a de Minas. São diversas em sabores, em possibilidades, por isso ficaram tão famosas, não só no Brasil como até no exterior. De vez em quando, me aventuro com alguns pratos típicos mineiros, como frango com quiabo, costelinha com ora-pro-nóbis, que eu adoro, e corresponde ao nosso jambu. 

 

Mas minha especialidade é mesmo a comida da minha terra", afirma. Rebujo é o terceiro álbum de Dona Onete, que completou 80 anos no mês passado. O nome do disco significa uma correnteza que vem pelo fundo do rio ou do mar e renova tudo, com alegria e sedução. "Costumo dizer que rebujo é como se fosse um segredo que, à medida que uma pessoa vai contando para outra, deixa de ser segredo e vai provocando uma série de acontecimentos; traz muita coisa à tona.

 

O rebujo é o segredo do mar", diz. Festa do tubarão, o primeiro single, teve clipe dirigido pelo cineasta Lírio Ferreira (Baile perfumado, Árido movie) e Natara Ney. Boa parte do repertório, inteiramente composto pela artista, foca no Pará, mas há também Musa da Babilônia, samba inspirado em uma favela carioca e que tem a participação do rapper BNegão.

 

 "É um álbum que eu gostei muito de fazer. Na verdade, desde que entrei nesse universo musical, o que é recente, tenho gostado de tudo o que faço. Meu trabalho é reconhecido lá fora e aqui no Brasil", diz a artista, que soma pouco mais de uma década de carreira. Em outubro, Dona Onete estreia em um dos maiores festivais de música do mundo, o Rock in Rio. Ao lado de sua banda, será mestre de cerimônias do espetáculo Pará Pop, no Palco Sunset, e vai receber conterrâneos como Lucas Estrela, Jaloo, Fafá de Belém e Gaby Amarantos. "É a primeira vez que vão dar espaço para a música do Pará. Acho que vai ser bem importante essa participação e estou bem animada", diz.

 

 

A Cozinha Maravilhosa 

de Dona Onete

Nesta quarta (3), às 20h, no Mercado Distrital do Cruzeiro (Rua Opala s/nº). Ingresso: R$ 90 (individual) e R$ 160 (casal). A comida está incluída. Vendas: www.sympla.com.br.

 

Rebujo

Show de Dona Onete. Nesta quinta (4), às 21h, no Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. (31) 3270-8100. 1º lote: R$ 50 e R$ 25 (meia); 2º lote: R$ 60 e R$ 30 (meia). À venda na bilheteria e pelo site www.sescmg.com.br. 

 

 

 

Edital destina R$ 1 mi a projetos de música em Minas Gerais

 

Mariana Peixoto

 

Vai até 19 de julho o período de inscrições para o edital Natura Musical para o ano de 2020. O programa vai destinar R$ 5,4 milhões para novos projetos – R$ 1 milhão será o aporte destinado a Minas Gerais via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

A novidade do edital é o formato dos projetos. Para além dos tradicionais álbuns, turnês, clipes e shows que o programa já patrocina há 14 anos, também poderão ser agraciados projetos de pesquisa, séries de vídeo ou podcast, documentários, mostras, residências artísticas, intercâmbios, oficinas e conferências.

 

“No ano passado, criamos uma categoria com foco em novos formatos de produção. São projetos de economia mais compartilhada, que fazem com que a música circule mais. Expandimos neste ano o formato dentro da mesma categoria, voltando para a produção de conteúdo”, afirma Fernanda Paiva, gerente de marketing institucional da Natura.

O anúncio dos selecionados será feito até dezembro de 2019. O edital Natura Musical nasceu em Minas,  em 2005. Desde então, a empresa patrocinou, por meio da lei estadual, nomes como Iconili, Fernanda Takai, Elisa de Sena e Beto Guedes. Nesses 14 anos, 122 projetos mineiros foram realizados com recursos do edital.

 

“Quando o Natura Musical surgiu, havia um gap para o financiamento de novos álbuns, já que as gravadoras não estavam mais investindo. Ao chegar aos 10 anos de edital, fizemos uma investigação que entendeu que o Natura Musical tinha a oportunidade de contribuir para além da produção de discos. Vimos que o artista recebia o recurso, produzia o álbum, mas que ele não tinha a outra ponta da cadeia, que é chegar a festivais ou ter ferramentas de comunicação. Dessa maneira, percebemos que tínhamos que apoiar a formação da estrutura”, diz Fernanda Paiva.

 

Desde 2005, o programa já apoiou 418 projetos de 20 estados brasileiros. Em média, são lançados 20 discos a cada ano. Até 2014, a empresa patrocinou em Belo Horizonte o festival Natura Musical. Único no Brasil, promoveu shows antológicos (Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Marisa Monte, Ney Matogrosso, Lenine, todos com entrada franca e em praças da cidade). “Suspendemos o evento em BH não sabemos por quanto tempo”, assinala a gerente de marketing.

 

A partir de 2015, a empresa passou a investir os recursos em eventos em todo o país. “O festival de Belo Horizonte era único. Hoje patrocinamos festivais em 10 estados”, observa ela. Em Minas, a Natura patrocina o Timbre Cultural, em Uberlândia.

 

NATURA MUSICAL

 

As inscrições devem ser feitas até as 17h do próximo dia 19 

pelo site natura.com.br/naturamusical. Mais informações: 

(11) 5056-9816 e editalnaturamusical@natura.net. 

 

 


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