O anúncio de que os irmãos Sandy & Junior voltariam a dividir o palco na turnê Nossa história foi recebido pelos fãs da dupla (extinta em 2007) com um entusiasmo que fez milhares de ingressos se esgotarem em poucas horas, levou ao agendamento de mais shows do que os originalmente previstos e a troca dos lugares inicialmente planejados por outros com capacidade para receber um público bem maior. É o caso de Belo Horizonte, onde a dupla se apresenta no próximo sábado (17), para 24 mil pessoas, na Esplanada do Mineirão – o local inicialmente divulgado era o Mineirinho, com capacidade para 12 mil.
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Show que une capoeira e música erudita tem sessões gratuitas em BHCazuza, Renato Russo e Raul Seixas homenageados em BH Em ascensão no Brasil, músico César Lacerda testa público europeu"Sandy e Junior: A história" estreia neste domingo na TV abertaConheça fãs mineiros que fizeram loucuras de amor por Sandy & JuniorTarantino filma o ano em que o sonho acabou em crime em HollywoodFãs dos filhos de Xororó, elas viram na passagem da turnê por Minas a chance de alavancar suas vendas e lançaram, na semana passada, a coleção Sandy & Junior, que explora os nomes e frases conhecidos de hits da dupla (os preços vão de R$ 49 a R$ 55, e o comprador leva de brinde um balão para usar no show quando a dupla tocar Quando você passa).
“Está mais rápido do que a gente imaginava”, diz Larissa, sobre o ritmo de vendas. Ela se define como uma “fã turu turu” dos irmãos. A sócia Paula é “fã de carteirinha” e garantiu seu ingresso, por sorte, sem enfrentar a fila de espera.
Quando foi aberta a venda dos ingressos para o show, Paula fazia turismo no Chile. Em sua volta, os tíquetes já haviam esgotado. A sorte bateu à porta quando ela descobriu que uma amiga do Rio de Janeiro garantiu entrada para os shows das capitais fluminense e mineira. Ao saber que Paula não tinha conseguido comprar a tempo, a colega dividiu a realização do sonho e vendeu o outro bilhete. “Estou superempolgada e quero que chegue logo”, diz ela sobre o show.
Durante sua infância e adolescência, a empresária teve a paixão por Sandy & Junior incentivada pelos pais, que viam a dupla como uma referência de irmãos. “Eu e meu irmão não nos dávamos muito bem. Aí, às vezes, minha mãe falava: ‘Será que a Sandy briga com o Junior, filha?’”, conta Paula, que considera Maria Chiquinha um hino”.
A canção, no entanto, não deverá estar no repertório em BH, depois de Junior ter dito que hoje em dia ela não é mais “aceitável”. O episódio, pelo qual o irmão de Sandy foi intensamente elogiado em redes sociais, ocorreu no show do Recife, quando o artista alterou a letra e declarou que “Maria Chiquinha pode fazer o que quiser no mato”.
A canção, no entanto, não deverá estar no repertório em BH, depois de Junior ter dito que hoje em dia ela não é mais “aceitável”. O episódio, pelo qual o irmão de Sandy foi intensamente elogiado em redes sociais, ocorreu no show do Recife, quando o artista alterou a letra e declarou que “Maria Chiquinha pode fazer o que quiser no mato”.
Além da venda de camisetas temáticas, as sócias planejaram outras ações para lucrar com a paixão por Sandy e Junior. Na sexta-feira (16), véspera do show, a loja vai promover um karaokê (a partir das 16h), para treinar as letras e um quiz para testar os conhecimentos da dupla. No dia do show, elas abrirão as portas às 9h, esperando os fãs para um “esquenta”. Outro produto oferecido é uma tatuagem temporária (a R$ 5).
A turnê Nossa história já passou por Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília e Rio de Janeiro, e ainda deve ir a São Paulo, Curitiba, Manaus, Belém e Porto Alegre. Em outubro, a dupla leva o show para os Estados Unidos – em Nova York, no dia 2 – e a Europa – Lisboa, no dia 6.
De acordo com a assessoria da turnê, os 15 shows iniciais em estádios e arenas de grande porte de 11 capitais já venderam cerca de 405 mil ingressos. Esse número não inclui os shows internacionais e o último, previsto para 9 de novembro, no Rio de Janeiro.
De acordo com a assessoria da turnê, os 15 shows iniciais em estádios e arenas de grande porte de 11 capitais já venderam cerca de 405 mil ingressos. Esse número não inclui os shows internacionais e o último, previsto para 9 de novembro, no Rio de Janeiro.
Exposição interativa
Exibição de figurinos, prêmios, instrumentos musicais, cartas de fãs e outros itens que contam a história e detalhes de bastidores da dupla compõem a exposição Sandy & Junior Experience, em cartaz até 25 de agosto, no BH Shopping. São vários ambientes. Em cada um deles, um marco da carreira é abordado, como os discos de ouro e de platina, acompanhados de um grande infográfico com mais detalhes sobre a trajetória de Sandy e Junior.
A canção Quatro estações tem uma sala temática na qual são retratados os quatro momentos do ano. E até as passagens de um ambiente para outro oferecem oportunidades para um clique, como o corredor que brinca com o sucesso Dig dig joy. Há também um karaokê com quatro opções de hits da dupla. O fã tem sua performance gravada em vídeo e recebe o registro depois por e-mail.
A canção Quatro estações tem uma sala temática na qual são retratados os quatro momentos do ano. E até as passagens de um ambiente para outro oferecem oportunidades para um clique, como o corredor que brinca com o sucesso Dig dig joy. Há também um karaokê com quatro opções de hits da dupla. O fã tem sua performance gravada em vídeo e recebe o registro depois por e-mail.
Junior enfrentou a síndrome do pânico
Filho do sertanejo Xororó, um dos artistas mais famosos do Brasil, e com carreira de três décadas, Junior Lima enfrentou todas as tentações que uma criança nessas condições teria: muita notoriedade e dinheiro.
Lidar com tantos mimos pode fazer com que um garoto perca a cabeça. Para evitar isso, Junior contava com a presença da mãe, Noely Lima.
Ao menor sinal de “paparico”, o músico era alertado. “Minha mãe controlava (os mimos). Às vezes, as pessoas ficavam me paparicando e tal. Quando a gente ficava sozinho, ela dizia: ‘Você sabe, né? As pessoas se empolgam, querem te agradar. Você sabe que não é tudo isso, né? Não acredite em tudo o que te falam’. Por um lado, me deixou inseguro. Mas fui trabalhar isso na terapia, entender e resolver”, afirmou o cantor em entrevista a Sabrina Sato, no canal da apresentadora no YouTube.
Junior Lima, de 35 anos, começou a fazer terapia aos 21. A apresentadora perguntou se a intensa visibilidade mexeu com o lado emocional dele. “Nunca é mil maravilhas. Tive minha fase meio ‘deprê’. Tive pânico. Tive um monte de coisa”, revelou.
Junior teve síndrome do pânico. “Faz uns sete, oito anos. Foi um tempo depois de a dupla se separar. Na época, era tudo tão intenso e grandioso que não consegui absorver as coisas. Meio que me anestesiava, não conseguia sentir as coisas”, lembra.
Para ele, o fim da dupla com Sandy foi importante para cada um seguir o próprio caminho. “Fez muito bem pra gente. A gente pôde desenvolver outras coisas, aprender outras coisas, absorver outros universos. Puxa, tive uma banda de rock, de soul, de música eletrônica!”, enumera.
Junior é casado com Monica Benini há cerca de cinco anos, com quem tem o pequeno Otto. Ele sempre separa um espaço na agenda para acompanhar o crescimento do filho
“Meu pai sempre falou que não teve muito o lance de falar ‘eu te amo’ para o pai dele. Foi dar um abraço e falar isso para o pai no caixão. Sempre fiquei com isso na cabeça. Meu pai sempre fez questão de dar carinho. Então, sou muito presente para meu filho. Isso veio de casa. Organizo minha agenda para estar presente com meu filho”, conclui Junior. (Estadão Conteúdo)
Turnê em andamento
Confira a agenda de shows da dupla
17/8: Belo Horizonte – Esplanada do Mineirão (esgotado)
24/8: São Paulo – Allianz Parque (esgotado)
25/8: São Paulo - Allianz Parque (esgotado)
31/8: Curitiba – Pedreira Paulo Leminski (esgotado)
13/9: Manaus – Arena da Amazônia
14/9: Belém – Hangar (esgotado)
21/9: Porto Alegre – Arena do Grêmio (esgotado)
2/10: Nova York (EUA) – Barclays Center
6/10: Lisboa (Portugal) – Altice Arena
12/10: São Paulo – Allianz Parque (esgotado)
13/10: São Paulo – Allianz Parque (esgotado)
9/11: Rio de Janeiro – Parque Olímpico
* Estagiária sob a supervisão da editora Silvana Arantes