Morreu na madrugada de sexta-feira (23), aos 71 anos, o ator Kito Junqueira. Ele morava em Curitiba, onde sofreu um infarto. O artista se preparava para ir a São Paulo na próxima semana, quando iniciaria os ensaios da peça À flor da pele, de Consuelo de Castro. "Conversei com ele por telefone na noite de quinta-feira (22). Pouco depois, recebi o telefonema da mulher dele, Maria (Santos Pizano), desesperada, dizendo que ele tinha passado mal repentinamente. O Samu foi chamado, mas não conseguiu fazer nada", disse o produtor Ricardo Peixoto, que está à frente da nova montagem de À flor da pele.
Segundo Peixoto, o ator aparentava estar bem de saúde e estava animado para retornar ao teatro, onde atuaria ao lado de Natalia Rodrigues, sob a direção de Alexandre Reinecke. "Conversávamos muito sobre essa montagem e a importância da peça, que inaugurou o Teatro Paiol, em 1969."
Política
Nascido em 15 de maio de 1948, em São Paulo, Heráclito Gomes Pizano ou, como ficou conhecido, Kito Junqueira atuou em várias produções da TV, cinema e teatro. Enveredou para a política em 1994, sendo eleito deputado estadual por São Paulo.
Kito começou a carreira artística em 1973, ao estrear na novela As divinas... e maravilhosas, na extinta TV Tupi. Lá, faria ainda Vila do Arco (1975) e Tchan, a grande sacada (1976). Depois, em 1977, surgiu na tela da TV Globo, integrando o elenco de novelas como Espelho mágico (1978), mas retornou para a Tupi, em 1979, atuando no folhetim Como salvar meu casamento. Passaria também pela TV Manchete, na novela Pantanal, em 1990. Participou de trabalhos também na Band, em 1980, como a novela Cavalo amarelo.
O ator deixou sua marca no cinema, participando de filmes como Eternamente Pagu, de Norma Bengell, e Topografia de um desnudo, de Teresa Aguiar. No teatro, Kito Juqueira fez vários trabalhos, sendo um dos mais importantes a peça Bent, pela qual recebeu vários prêmios, entre eles do da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), o Molière e o Troféu Mambembe.
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