Jornal Estado de Minas

Conheça os consultórios (de verdade) da série médica 'Diagnóstico'


– Os pais de Sadie estão desesperados por opiniões que possam lhes dar outras opções. Digo sempre ao paciente: você pode não achar, mas seu médico quer que você tenha outra opinião. Outros olhos, outro cérebro pensando no assunto é importante – afirma a doutora Lisa Sanders, enquanto Sadie e a mãe, Sara, se dirigem a uma nova consulta.

– Vieram para uma segunda opinião sobre tudo, certo? – pergunta a neurologista Lara Marcuse.

– Sim – responde Sara.

– Ela ficou em Columbia por 10 dias, certo? – indaga a médica.

– Sim. Tomou Keppra para as convulsões durante a internação e por mais duas semanas, mas isso a deixou muito agressiva.

– Mãe, por que me deixou agressiva? – pergunta a menina.

– Chama-se efeito colateral – explica a doutora.

– O que é efeito colateral? Tenho uma maldição? – reage Sadie.


Diagnóstico (Netflix) mostra o drama de pacientes em busca de solução para doenças misteriosas. Nos sete episódios iniciais, mistura a linguagem documental, ao exibir casos reais, com a narrativa ficcional sobre mistérios da natureza e descobertas da ciência. Combinação adorada por fãs de séries médicas.

Cada capítulo aborda uma doença, que deve ser corretamente diagnosticada para o paciente encontrar o tratamento eficaz. Qualquer semelhança com o fenômeno House não é coincidência. A série é protagonizada por uma doutora de verdade: Lisa Sanders, colunista do New York Times e consultora de atrações de sucesso nos anos 2000.

O segundo episódio traz Sadie González, de 7 anos, portadora de inexplicada doença cerebral que provoca convulsões e dificuldades motoras.
Nos outros capítulos, há o caso do homem de 46 anos com misteriosa perda de memória e do jovem às voltas com repentinos desmaios e paradas cardíacas.

Há um toque de Grey's anatomy, mas Diagnóstico oferece perspectiva mais verdadeira. Os capítulos surgiram de casos publicados por Sanders em sua coluna, em busca da avaliação de outros especialistas ou mesmo de relatos de pessoas comuns que viveram situações parecidas. Além de revelar a história pessoal e clínica do paciente, a doutora dá a colegas e pessoas de vários lugares do mundo a oportunidade de se conectarem, via internet, e cooperarem com essa missão.
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