A atriz mexicana Salma Hayek quis retratar um México moderno, sofisticado, político, corporativo e de mulheres empoderadas em Monarca, a série que produziu para a Netflix e que a plataforma de streaming disponibiliza a partir desta sexta-feira (13).
Na apresentação da série, na terça-feira passada (10), na Cidade do México, Hayek disse que, diferentemente do que ocorreu alguns anos atrás, quando tentou emplacar outras produções em seu país de origem e enfrentou situações "machistas", desta vez encontrou um México "avançado", "competitivo" e "aberto" ao talento feminino.
"Queria que as mulheres se lembrassem de que podemos fazer absolutamente tudo", disse a atriz e empresária de 53 anos. Ela contou que a ideia inicial é que Monarca fosse vendida a uma grande rede de televisão nos Estados Unidos, mas que, ao trabalhar com a Netflix, foi capaz de situar a história no México e ressaltar a beleza de Tequila, que fica no estado de Jalisco (Oeste) e é o berço da reconhecida bebida.
"Salma estava interessada no olhar de alguém com muitos anos fora do México, que mostrasse a qualidade do povo, das tradições mexicanas", afirmou Azuela. Hayek disse que Monarca também retratará aspectos "da corrupção" no México.
Questionada sobre a violência ligada ao crime organizado, lamentou o ataque a um bar em sua cidade natal, Coatzalcoalcos, no estado de Veracruz (Leste), que deixou aproximadamente 30 mortos dias atrás.
Em sua conta no Instagram, onde é muito ativa, a atriz já havia condenado o ato de violência, embora diga que prefere compartilhar imagens relacionadas à cultura mexicana. "Você tem que escolher o que colocar no Instagram, e na verdade esse não é o lugar onde se resolvem essas coisas (os problemas sociais e políticos)", opinou.
Além de Azuela, estão no elenco de Monarca os atores mexicanos Juan Manuel Bernal e Osvaldo Benavides, e a argentina Rosa María Bianchi.