Na última sexta-feira (13), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou que o Museu de Arte da Pampulha (MAP) ficaria temporariamente fechado, devido a problemas hidráulicos e elétricos. No dia seguinte, seria aberta no museu a exposição 7ª Bolsa Pampulha, reunindo os trabalhos dos 10 artistas de cinco estados que participaram do programa de residência artística. A bolsa é uma realização da PBH, via Fundação Municipal de Cultura (FMC), em parceria com o JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia, selecionado por meio de edital.
''Em reunião com a FMC, entendemos que o museu precisa de reparos desde 2014 e, de lá para cá, ocorreram diversas exposições. Gostaríamos de saber de quem partiu o pedido de vistoria e quais as mudanças encontradas do último para o atual laudo. Como a vistoria aconteceu com a exposição já montada, temos o receio de ser um boicote''
Sara Lana, artista mineira
''Com o intuito de não prejudicar a exposição do projeto Bolsa Pampulha, prevista para o espaço, a Prefeitura garantiu a abertura da mesma, realizada no último sábado, dia 14, e está tomando todas as providências emergenciais para reabrir o Museu nos próximos dias, realocando as obras dentro do próprio espaço e mantendo a integridade da exposição e a segurança dos visitantes e funcionários''
Fundação Municipal de Cultura (via assessoria de comunicação)
A artista belo-horizontina Sara Lana afirma: "Em reunião com a FMC, entendemos que o museu precisa de reparos desde 2014 e, de lá para cá, ocorreram diversas exposições. Gostaríamos de saber de quem partiu o pedido de vistoria e quais as mudanças encontradas do último para o atual laudo. Como a vistoria aconteceu com a exposição já montada, temos o receio de ser um boicote. Por isso é importante um comparativo para entender qual a grande mudança no museu que impossibilita a atual exposição, sabendo que, até no mês passado, havia exposição e programação abertas ao público".
De acordo com Sara, já foi feito o pedido junto à FMC do laudo anterior para comparação com o atual, que determinou o fechamento do museu. "Sendo um caso emergencial, essa vistoria deveria ter ocorrido antes de terem montado a exposição", diz.
Estamos em contato com os artistas e nos colocamos à disposição para viabilizar a retirada das obras caso seja o desejo deles, mas reafirmamos que estamos trabalhando para restabelecer as atividades no museu, inclusive a visitação da exposição.''É uma falta de respeito com todos os artistas selecionados, ainda mais com os artistas que vieram de fora e estão há seis meses residentes em Belo Horizonte. Abrir uma exposição durante somente um dia é demasiadamente desgastante e frustrante. Denota uma espécie de censura mascarada, que não revela motivos explícitos, mas dá margem para uma série de interpretações''
Alex Oliveira, artista baiano