No fim de semana passado, em São Paulo, o festival incluía Halloween e Scorpions. No próximo sábado, a apresentação será no gigantesco Rock in Rio. Entre os dois megaeventos, a Whitesnake fará um pit stop em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (25), para um show solo, menos badalado, mas igualmente barulhento e intenso para os fãs da icônica banda inglesa, que ostenta 40 anos dedicados ao rock and roll. Pelo menos é o que promete um de seus integrantes.
“O público na América do Sul é o melhor do mundo. Será uma grande noite. O público pode esperar muita energia no palco, com vários dos nossos hits, com certeza, e também algumas coisas do novo material”, afirma o guitarrista Joel Hoekstra, que se juntou ao Whitesnake em 2014.
Em maio deste ano, a banda lançou Flesh and blood, seu 13º álbum de estúdio. O disco é fiel ao hard rock que a consagrou, com os riffs arrastados de guitarra, doses de sensualidade nas letras (destaque para Shut up and kiss me) e a voz inconfundível de David Coverdale, que mantém a forma aos 68 anos.
Para Hoekstra, o vocalista é o grande responsável pela longevidade do Whitesnake, que, mesmo tendo feito uma longa pausa na carreira durante os anos 1990, segue na ativa e lançando novos trabalhos. “Isso tudo se deve ao David. Ele tem muita paixão pelo que faz e consegue canalizar isso para fazer novas músicas. Sabemos que é difícil para o público comprar coisas novas sempre, mas é importante”, afirma.
Apesar das novidades que devem entrar, se o repertório for o mesmo apresentado em São Paulo, o show será um encontro dos fãs com os grandes sucessos do passado. Na capital paulista, as faixas do novo disco foram apenas três, enquanto oito das outras nove foram hits, como a potente Bad boys, que costuma abrir a noite, a balada melosa Is this love e o hino Here I go again. O grupo ainda fechou com Burn, do Deep Purple, do qual Coverdale fazia parte e saiu em 1978, quando fundou a “Cobra Branca”.
O cantor é o único remanescente do início da banda, que já passou por várias mudanças. A formação atual vem desde 2014, com Rob Beach na outra guitarra, Tommy Aldridge na bateria, Michael Devin no baixo e Michele Luppi nos teclados. Juntos, eles estiveram em BH em 2016, no Km de Vantagens Hall, mesmo palco de hoje, coincidentemente também num 25 de setembro.
Antes disso, o grupo já esteve na capital mineira outras vezes – em 1997, 2008 e 2011. A presença no Rock in Rio também não será inédita, já que a banda esteve na lendária edição inaugural, em 1985.
“O rock vai ficando velho, mas as pessoas da minha geração vão passando o que sabem aos mais jovens, então sempre temos pessoas de diferentes idades nos shows, e até quem esteve no Rock in Rio de 1985 pode estar novamente. David Coverdale é um símbolo de que o rock atravessa gerações”, afirma Joel Hoekstra. Em BH, o show de abertura será da banda paulistana Doctor Pheabes.
Whitesnake em BH
Show nesta quarta-feira (25), às 21h30. Abertura dos portões às 20h. Abertura: Doctor Pheabes. No Km de Vantagens Hall (Av. Nossa Sra. do Carmo, 230, Savassi). Ingressos: pista-arquibancada R$ 200 (inteira) e R$100 (meia); pista premium R$ 310 (inteira) e R$ 155 (meia), à venda na bilheteria. Classificação: 12 anos; menores entre 12 e 16 somente acompanhados pelos pais. Mais informações: (31) 3209-8989.
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