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Jornal Estado de Minas

Mara... ...tonando

Sasha Baron Cohen vive o judeu que enganou os sírios na série O espião

Sacha Baron Cohen tem surpreendido meio mundo com sua performance em O espião, minissérie em cartaz na Netflix. Em poucos minutos, a gente até se esquece de Borat e Bruno, os hilariantes personagens do ator britânico. Agora ele é Eli Cohen, judeu que se infiltrou na cúpula do governo sírio, nos anos 1960, cumprindo missões para o Mossad, serviço secreto de Israel.

Sacha Baron Cohen tem surpreendido meio mundo com sua performance em O espião, minissérie em cartaz na Netflix. Em poucos minutos, a gente até se esquece de Borat e Bruno, os hilariantes personagens do ator britânico. Agora ele é Eli Cohen, judeu que se infiltrou na cúpula do governo sírio, nos anos 1960, cumprindo missões para o Mossad, serviço secreto de Israel.

Cohen, o espião (não há parentesco entre eles), obteve informações valiosíssimas. Basta dizer que ajudou Israel a vencer a Guerra dos Seis Dias. Aqui, é (quase) tudo verdade: ele quase chegou a ministro na Síria. Descoberto, foi enforcado em praça pública, em 1965.
Sacha se sai bem ao interpretar um homem determinado, mas angustiado e dividido: o pai de família classe média, que esconde sua real missão da mulher, Nadia (a ótima Hadar Rotem), e das filhas, e o ricaço sedutor Kamel Thaabet, a “persona” que engana os sírios.

Não há explosões, carros velozes e perseguições. A tensão é permanente, tanto nas arriscadas missões de Thaabet quanto na relação de Eli com Nadia e, digamos, sua “vida real”. Desde o início, sabemos que ele vai morrer. Nem por isso a série perde o pique. A verdadeira Nadia Cohen se disse magoada com a forma como o roteiro a tratou, mas tem esperança de que O espião a ajude a trazer de volta a Israel os restos mortais do marido. Sua luta já tem 54 anos. E a missão parece impossível, tamanha a humilhação imposta por Eli/Thaabet ao inimigo.

 




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