Paloma (Grazi Massafera) é uma costureira de origem humilde que vive no bairro de Bom Sucesso, no subúrbio carioca, e sempre teve paixão pelos livros. Tanto é assim que ela batizou seus três filhos com nomes de personagens literárias: Alice (Bruna Inocêncio), Gabriela (Giovanna Coimbra) e Peter (João Bravo). Até que, um dia, sua vida vira de cabeça para baixo, quando recebe a notícia de quem tem apenas seis meses de vida. Pouco tempo depois, ela descobre que seu exame foi trocado com o de Alberto (Antonio Fagundes), dono de uma editora que está em crise. Paloma decide conhecê-lo e percebe que a literatura é um elo importante entre os dois.
“Peter Pan e Alice são mais presentes porque são os livros que servem de metáforas para Marcos, o garoto que não quer crescer (e amar de verdade), e Paloma, a garota que é transportada para um mundo totalmente diferente do seu. Nesse sentido, as referências acabam se multiplicando. Pessoalmente, nem são livros tão marcantes para mim. Mas achamos que, até pelas adaptações para filmes e, principalmente, desenhos animados, esses textos acabaram virando histórias muito populares, muito conhecidas de um público mais amplo e, por isso, de fácil identificação e reconhecimento por parte do nosso espectador”, comenta Paulo Halm.
Parceiro de Rosane Svartman e Paulo Halm em outros trabalhos, o diretor avalia que uma das razões de êxito de Bom Sucesso, que tem tido bons índices de audiência, é sua estratégia de fazer uma “ponte entre mundos”. Ele explica: “Nesse caso, a gente usa a literatura como essa ponte e consegue aproximar pessoas de experiências e universos tão distintos para um lugar de encontro, que é o lugar da cultura. Quando usamos a literatura, estamos contando as histórias do mundo, as histórias das histórias. Isso é totalmente universal, é capaz de unir qualquer um”.