FENAC
QUADROS E CANÇÕES
Música virou cor graças aos pincéis do artista plástico Fernando Pacheco. O mineiro levou para seus quadros composições que se destacaram no Festival Nacional da Canção (Fenac), realizado em cidades do Sul de Minas há 50 anos. Uma delas é Negro sol, de Márcio Macedo, vencedora da edição de 2001. “A gente fala sobre alma. O olho que salta pra fora do perfil está ávido a refletir. É como se o sol negro fosse o sol da noite, mas no dia”, explica Fernando, que tem exposto seus trabalhos na Argentina, Chile, Estados Unidos, Japão e China, além do Brasil.
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Sucesso do cantor e compositor Celso Adolfo, a romântica Nós dois, vencedora do Fenac em 1983, também virou pintura. “A letra fala de um homem e de uma mulher. Fiz os dois perfis e entre eles uma flor. Como uma semente que foi plantada, o amor foi crescendo. Com o tempo, a germinação da semente do amor vai enraizando no coração de cada um”, diz Fernando Pacheco.
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O projeto faz parte das comemorações do cinquentenário do Fenac. As 49 vencedoras serão retratadas em quadros de vários artistas. “É uma forma de homenagear cada música, resgatando a história delas”, explica Gleizer Naves, diretor do festival. As pinturas serão reproduzidas em cartazes. “Quando recebi o convite, fiquei muito feliz, pois coloquei minha pintura interagindo com outras artes”, revela Fernando Pacheco.
ARQUITETURA E MEMÓRIA
BAIRROS DE BH
O site Quanto tempo dura um bairro?, projeto da fotógrafa Mirela Persichini e do designer Philippe Albuquerque, destaca a memória, arquitetura e urbanidade na capital mineira e o contraste entre três bairros: Lagoinha, Santa Tereza e Savassi (foto). O site conta com fotografias, artigos e textos. O objetivo dos idealizadores é lançar um livro-catálogo com o acervo completo.
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A ideia é servir de fonte de estudo para arquitetos, urbanistas, historiadores, fotógrafos, jornalistas e pesquisadores. O projeto também conta com o perfil @quantobairro no Instagram. O site, criado por Gui Capanema, pode ser acessado em https://quantodura.com.br. O site disponibiliza o artigo “A vida na escala da rua” sobre as políticas de patrimônio, escrito pela fotógrafa e arquiteta urbanista Priscila Musa e pelo produtor cultural Rafael Barros.
OCTAVIO CARDOZZO
PROJETO AUTORAL
Depois de lançar o disco Âmago, em 2017, o mineiro Octavio Cardozzo anuncia para 2020 um álbum solo em que vai interpretar as próprias músicas, além de composições inéditas de Marina Sena (da banda Rosa Neon), Frederico Demarca (da carioca Pietá), Thiago Corrêa (da mineira Transmissor) e da banda Lamparina e
A Primavera. A produção é assinada por Leo Marques, que
trabalhou com o elogiado grupo Maglore.
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O projeto é um verdadeiro mutirão de talentos da cena musical contemporânea. Gabriel Bruce, do Graveola, a baixista Camila Rocha e PC Guimarães também participarão do disco de Octavio, cujo lançamento está previsto para agosto. As letras das canções remetem ao amor nestes tempos de crise e intolerância.
MARCOS ALMEIDA
LÁ DE CASA
O cantor e compositor mineiro Marcos Almeida lança o álbum Lá de casa, que traz uma parceria com Baby do Brasil, a eterna musa dos Novos Baianos. Belo-horizontino radicado em São Paulo desde 2018, Almeida aborda o universo dos sonhos e da amizade, como é o caso da canção Como vai?. O EP já está disponível nas plataformas digitais.